Unesco declara paisagem cultural do café da Colômbia como Patrimônio Mundial

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A paisagem cultural do café da Colômbia foi inscrita pela UNESCO na Lista do Patrimônio Mundial com o que se reconheceu um espaço de tradição centenária, símbolo para outras zonas análogas do mundo.

Também foram incluídos no inventário a ilha de Meroe (Sudão), a Zona protegida de Wadi Rum (Jordânia), os Centros de poder dos longobardos (Itália) e a Fábrica de Fagus em Alfeld (Alemanha), informou a Organização num comunicado.

O local latino-americano compreende seis paisagens de café e dezoito centros urbanos das cadeias ocidental e central da Cordilheira dos Andes a oeste do país.

Um lugar excepcional segundo reconheceu a UNESCO, no qual os produtores adaptaram o cultivo às condições difíceis da alta montanha ao plantar em pequenas parcelas de bosque alto.

Nas zonas povoadas, a maioria situadas nos picos das colinas, aprecia-se uma arquitetura de influência espanhola implantada pelos colonos procedentes da região de Antioquia, explicou a UNESCO.

Por outra parte, o sítio sudanês, sede do poder que ocupou o Egito durante quase um século compreende a cidade real dos reis kushitas em Meroe, próxima ao rio Nilo e os lugares religiosos próximos de Naqa e Musawwarat em Sofra.

Este vasto império estendeu-se desde o Mediterrâneo até o coração da África, tornando-se depoimento do intercâmbio de artes, estilos arquitetônicos, religiões e idiomas entre ambas regiões.

Em outra ordem, a Zona Protegida do Uadi Rum é uma variada paisagem desértica formada por canyons, arcos naturais, escarpas, rampas, grutas e grandes declives de terreno num espaço de 74 mil hectares ao sul da Jordânia para perto da fronteira com a Arábia Saudita.

Os vestígios de 25 mil petroglifos e 20 mil inscrições e os restos arqueológicos subsistentes no local constituem um depoimento de doze milênios de ocupação, da evolução do pensamento humano e dos começos da escrita alfabética.

Outro dos lugares incluídos na lista, os centros de poder dos longobardos, compreende sete grupos de edificações importantes -fortalezas, igrejas, mosteiros- situadas ao longo da Península Itálica.

As mesmas constituem um depoimento do importante papel desempenhado pelos lombardos no desenvolvimento espiritual e cultural da cristandade medieval européia.

Por último, a UNESCO descreveu a inscrição da fábrica alemã de Fagus em Alfeld composta por dez edifícios cuja construção se iniciou no começo de 1910 a partir dos planos desenhados por Walter Gropius.

A estética funcional dos imóveis e suas vastas superfícies cristalizadas, revolucionárias em sua época, prefiguram as criações da escola da Bauhaus e marcam uma ruptura na evolução das formas arquitetônicas na Europa e América do Norte, agregou a Organização.

O Comitê do Patrimônio Mundial examina um total de 35 candidaturas de sítios naturais, culturais e mistos no curso de sua 35 reunião, que se celebra na Sede da UNESCO em Paris até 29 de junho.

Fonte: Prensa Latina

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