UFLA desenvolve tecnologia que permite aos cafeicultores alcançar a produtividade máxima econômica em suas lavouras

Imprimir
O projeto de pesquisa “Crescimento e produção de cafeeiros fertirrigados conduzidos com diferentes níveis de adubação como forma de estabelecimento de curvas de resposta”, realizado em campo pelo Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras (UFLA), ainda em andamento, já aponta tendência de maior crescimento e produtividade dos cafeeiros manejados com adubações equilibradas planejadas. Os trabalhos – em parceria com o Consórcio Pesquisa Café e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) – foram feitos em uma lavoura que foi recepada em agosto de 2015.

O objetivo foi estabelecer curva de resposta do cafeeiro irrigado aos diferentes níveis de adubação, após poda de recepa (tipo de poda drástica que promove o corte baixo do “tronco” da planta, perdendo toda a copa). Tal curva permitirá aos cafeicultores decidirem quanto gastar de fertilizantes em suas lavouras nessa fase de recuperação. ”Os níveis de adubação testados foram 10%, 70%, 100%, 130% e 160% de adubo NPK em relação à adubação padrão de 100%”, explicou o chefe do Departamento de Agricultura (DAG/UFLA), Rubens José Guimarães, que é responsável pelo projeto.

O processo envolveu dois experimentos, sendo que no primeiro os níveis de adubação foram diferenciados desde a implantação da lavoura, simulando a implantação em diferentes condições de fertilização. Já no segundo experimento, a diferenciação da adubação ocorreu apenas um ano após o plantio, simulando a condição de cafeicultores que puderam implantar lavouras corretamente, mas que, depois de um ano, adubaram em função das diferentes condições financeiras.

Foram avaliadas características de crescimento, fisiologia, produtividade e qualidade. As avaliações de crescimento ocorreram em setembro de 2017 e janeiro e maio de 2018. “Com as curvas de regressão que estão sendo traçadas, será possível correlacionar as deficiências nutricionais com as respectivas quedas de produtividade e, consequentemente, as implicações econômicas do estudo”, declarou.

A pesquisa e a tecnologia (em fase de validação) estão servindo de subsídio à tese de autoria do doutorando Thales Barcelos Resende, que será defendida nos próximos meses. Assim, será também possível disponibilizar ao setor cafeeiro dados que correlacionam adubação com produtividade, permitindo planejamentos de adubação em função do preço de mercado dos fertilizantes, alcançando a produtividade máxima econômica nas lavouras.

Fonte: Ascom InovaCafé

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *