Tempo frio provoca destruição de lavouras de café em MG

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Manoela Borges

geadaA semana teve frio e geada em boa parte das regiões Sul e Sudeste. Em Minas Gerais, estado que mais produz café no Brasil, houve perdas nas lavouras.

A paisagem do começo da manhã dos últimos dias pode ter sido bonita para uns, mas para o produtor de café foi sinal de prejuízo.

De longe já dá pra ver que a geada deixou estragos. Em uma fazenda em Nepomuceno, no sul de Minas, 18 mil pés foram atingidos ainda na fase de colheita. Em outra fazenda, uma lavoura inteira foi perdida: 4 mil pés plantados no fim do ano passado, um prejuízo de R$ 50 mil.

Segundo a Fundação Procafé, a geada atingiu lavouras em todo o sul de Minas. Em algumas propriedades, áreas inteiras ficaram completamente destruídas. Nas folhas dá para ver o estrago, mas o prejuízo maior está escondido nos troncos e galhos.

As perdas também foram grandes nas lavouras de café do Cerrado Mineiro. A geada mudou o cenário das montanhas na região de Campos Altos, o tom amarronzado é o sinal mais evidente do prejuízo de boa parte dos produtores do município.

O Sindicato Rural estima que mais de 4 milhões de pés de café foram queimados, uma área de, pelo menos, 1,2 mil hectares. Segundo os produtores, não geava assim na região há pelo menos 15 anos. A colheita continua, mas a qualidade dos frutos caiu bastante.

O prejuízo maior foi nas áreas mais baixas, mas há muitos pés queimados na parte alta também. A estimativa inicial é que o município deixe de colher já em 2017, 25 mil sacas. O agrônomo Bruno Henriques explica que a planta vai precisar de tempo para se recuperar.

O agricultor João Ronaldo Moreira já calculou: as perdas na fazenda dele vão chegar a R$ 1,5 milhão. São 160 mil pés afetados.

Apesar de perdas severas em algumas fazendas, o efeito da geada no conjunto dos cafezais de Minas Gerais é limitado. Segundo o presidente do Centro do Comércio do Café do Estado, Archimedes Coli Neto, ela atingiu principalmente áreas mais baixas das fazendas.

Globo Rural Via CNC

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