Tecnologia é atrativo na Hora Certa Cooparaiso

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Com o preço da saca de café sendo comercializada abaixo do custo de produção, a capacidade de investimento dos produtores é frustrada, mas ainda assim a oferta de financiamento com prazos e juros mais baratos e a grande disponibilidade de estandes de empresas com tecnologias para o campo, estão sendo atrativos para centenas de pequenos, médios e grandes produtores que estão passando pela Hora Certa. A feira de negócios realizada pela Cooparaíso, teve início no dia 17 e se encerra nesta quinta-feira (19), no Parque de Exposições João Bernardes Pinto Sobrinho (Expar), com a presença de mais de 90 expositores de máquinas, tratores, insumos agrícolas e veículos.

“Estamos na 13ª edição da Hora Certa, vivemos um momento muito difícil na cafeicultura nacional, mas a Cooperativa realiza o evento reunindo fornecedores e produtores para que busquem um bom negócio, planejando suas compras para tentar obter renda com o café”, destacou o presidente da Cooparaiso, Carlos Melles, enfatizando que a Hora Certa “tem também uma característica de trazer o que há de melhor e mais atual em tecnologia para que o produtor possa ter um bom custo benefício com sua atividade”.

Embora cautelosos, os produtores percorrem os estandes, conhecendo a performance das maquinas e equipamentos, que se traduz em maior produção, produtividade, qualidade da lavouras.

Sucesso entre os produtores, as varredoura Aranha e a reconhedora Gafanhoto são produtos da SWZ que auxiliam o produtor na varrição e enleiramento do café. A Aranha faz o enleiramento do café, posteriormente é recolhido em big bags pela Gafanhoto. “São máquinas que oferecem uma relação de custo benefício muito importante, com esse conjunto ele diminui em torno de 60% seus custos nesta etapa de produção do café”, explica o diretor industrial da SWZ, Alexandre Pimenta Zumerle, enfatizando que “tanto a Aranha como o Gafanhoto são um sucesso de vendas e produtos patenteados e fabricados em São Sebastião do Paraíso”.

“Outro exemplo de equipamento muito procurado pelos produtores foi uma adubadeira em carreta para 2.000 quilos, com a versatilidade de aplicação de adubo, esterco beneficiado, calcário, todas estas possibilidades alternando a mudança de um kit de distribuição”, explica Dulval Rics, coordenador compra e venda da Divisão de Máquinas da Cooparaiso.

A tecnologia de pulverização faz com que os fabricantes tenham a preocupação com a economia e a versatilidade. “Em épocas passadas os pulverizadores chegaram a 400 litros, na feira os produtores podiam verificar equipamentos para até 2.000 litros, que oferecem uma autonomia de serviço, economia de tempo e óleo diesel, e ganhos de escala evitando os repetidos retornos ao abastecedor”, pontua Durval. Outro ponto sobre a questão da pulverização diz respeito às turbinas de ventilação. O processo de ventilação do café tem que obedecer a renovação do ar no interior da planta, e este equipamento foi projetado para que a performance do aplicador seja altamente eficiente.

“Em todos os estandes, temos equipamentos dimensionados para todos os tipos de produtores e ajustados também à topografia. O produtor tem uma gama de escolha de acordo com sua possibilidade de trabalho. Conforme o porte do produtor, por exemplo, no caso de pequeno produtor – o pronafiano, ele tem até 10 anos, com 2 anos de carência, e juros de 2% ao ano. Outra opção é o Finame, com prazo de até 6 anos e juros de 3,5% ao ano”, pontua o vice-presidente da Cooparaiso, José Rogério Lara.

Presente da Hora Certa, a fabricante Santa Isabel, voltada para o preparo de solo, colocou sua série de produtos, entre os quais, a carreta Dical 2500, que facilita a aplicação de adubo em escala, favorecendo o produtor ao evitar idas e vindas na propriedade. De acordo com técnicos, para se ter uma idéia, há pouco tempo os trabalhadores faziam a aplicação do adubo com as sacolas penduradas ao peito e jogando com as mãos, sem uniformidade. Atualmente, com a busca da eficiência e da produtividade, a tecnologia oferece o processo tecnificado para o produtor ganhar maior renda, com custo mais barato por hectare.

Ao visitarem o estande da Marispan, empresa especializada em transporte frontal – com acoplamentos para transporte de terra, café, entre outros, com guincho, os produtores puderam comprovar que a máquina tira o café da roça em bags de até 600 quilos, ao invés da pá, o que dá uma vantagem competitiva muito elevada. Outra novidade neste estande foi um varredor de terreiro, chamado de “vaca mecânica”, para amontoar o café, e paralelo a este segmento, a empresa desenvolveu adubadeiras altamente eficientes. Uma exemplo foi a Fertinox 1200, em aço inoxidável, que tem como diferencial a eliminação do uso do cardam, fazendo o processo hidráulico, possibilitando uma regulagem de alta eficiência para a aplicação do produto, independente da velocidade do máquina.

No estande da Cooparaiso Valtra, concessionária do fabricante no Sudoeste Mineiro, os produtores foram recebidos pelos dirigentes e vendedores da desta divisão da Cooparaiso, e puderam ver toda a família de tratores de alto desempenho e baixo custo operacional em operações que exigem eficiência e produtividade. “É uma família de tratores projetada para proporcionar o máximo de desempenho, eficiência e o mais baixo custo operacional que um trator pode oferecer nas diferentes faixas de potência”, explicou um dos vendedores da Cooparaiso Valtra, Antonio Marcos Delfante.

Especializada em máquinas motorizadas portáteis, o que mais chamou no estande da Still foram as já reconhecidas derriçadeiras manuais em substituição a mão de obra, com um custo benefício muito bom, sendo uma máquina para quatro braçais. Substituindo os acessórios o equipamento, além da derriça, ainda faz serviços de esqueletamento, decote, roça, e poda.

A Kamag, presente na feira, apresentou o desenvolvimento de uma tecnologia aliada à ecologia com a linha Falcon, pois as máquinas – apresentadas em dois modelos, durante sua operação realizam uma inversão que joga para o centro a matéria morta na lavoura, que gradativamente se transforma em adubo natural. No método tradicional, os trabalhadores com enxadas faziam este trabalho.

Para propriedades de maior porte, a Kamag trouxe uma podadeira com lâminas articuladas, trabalhando de acordo com a posição da árvore. Trata-se da Fortifix 220, podadeira tratorizada cafeeira frontal, com corte preciso e alto rendimento e regulagem de ângulos de corte e descolamentos. Esta máquina tanto decota, quanto poda.

Na Incomagri, que tem uma linha diversificada para o pequeno produtor, como adubadeiras de pequeno porte, chamou a atenção o misturador de ração para o gado, e ainda uma espécie de “adubador líquido”, uma carreta com tanque com uma bomba de sucção que aproveita resíduos fecais. O equipamento armazena e depois devolve na lavoura o material orgânico.

A Tatu, do Grupo Marchesan, reconhecida pelas máquinas para o preparo de solo, apresentou também modernas plantadeiras para um alto rendimento de plantio de grãos de uma forma geral. Uma das plantadeiras da empresa, apresenta na Hora Certa, possui um sistema hidráulico que acompanha as reentrâncias do terreno, de acordo com cada necessidade. Isso é fundamental, porque o resultado da colheita depende em grande parte da eficiência do plantio.

De olho nas novidades, produtores ficaram entusiasmados com um pulverizador de 1.000 litros da Jacto, muito compacto e articulado, e que permite acessar as ruas do cafeeiro com menor espaço de manobra. Alem disso, o equipamento exige um trator leve para sua operação. A Jacto ainda levou para a feira toda sua linha de pulverizadores, reconhecidos desde 1948.

A Miac, especializada em recolhimento, apresentou na feira um lançamento de 2013, a Master Café 2, que faz o recolhimento do café sem necessidade do big bag, pois ela tem um armazenador próprio para 1.600 litros de café, oferecendo uma velocidade superior em relação a outros modos convencionais. A Master Café 2 vem equipada com cilindro axial que realiza a separação das impurezas mais grossas. O sistema permite processar um volume maior de material, aumentando a capacidade de trabalho. A máquina tem uma turbina para realizar a limpeza fina, caçamba graneleira maior, bicos graxeiros com acesso facilitado e largura útil de recolhimento de 1,4 m.

“O produtor precisa ter renda para incorporar as tecnologias. Neste aspecto, a Cooparaiso tem um comportamento técnico por meio da percepção da diretoria e do corpo agronômico, estimulando as tecnologias de plantio, bem como o uso eficiente dos produtos, para que o produtor possa produzir mais, com menor custo, e obter renda”, pontua o vice-presidente da Cooparaiso.

Fonte: Comunicar / Cooparaiso

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