Tecnologia barata e alto retorno para o cafeicultor

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Uma das grandes preocupações dos pequenos e médios cafeicultores, quando se trata do manejo do cafezal, é o investimento.

Novas variedades de café e técnicas de manejo adequado prometem aumentar a produtividade sem gastar muito dinheiro, segundo a palestra “Inovações tecnológicas e variedades resistentes a pragas e doenças”, ministrada no 12º Agrocafé, nos dias 21 e 23 de março, em Salvador, na Bahia.

De acordo com o engenheiro agrônomo, consultor e cafeicultor Gianno Brito existem, hoje, diversas variedades de semente que oferecem resistência e que, algumas vezes, chegam a ser imunes a doenças mais graves, como a ferrugem.

– Nós temos variedades da linhagem Catucaí, que apresenta uma resistência muito grande ao Meloidogyne exigua, um nematóide que afeta muito os cafezais, principalmente em áreas de lavoura antiga onde são feitas renovações – afirma o engenheiro.
Segundo ele, existem ainda materiais resistência e até imunidade ao bicho mineiro, uma praga muito violenta que ocorre, principalmente, em regiões muito quentes.

Mas Gianno diz que essas variedades ainda estão em fase de desenvolvimento. Já em relação ao manejo, o consultor cita o despolpamento do café como peça importante para o bom desenvolvimento da produção.

– O cafeicultor pode fazer o despolpamento sem usar o despolpador. Seria um esmagamento que consiste em pegar o café cereja e passar com um trator por cima dele. Assim, você acaba tirando o fruto da casca – explica.
Na parte de secagem, existe ainda uma tecnologia desenvolvida pela Universidade Federal de Viçosa: um terreiro secador, híbrido, onde o produtor pode fazer a secagem de arroz, feijão, milho e café.

– Ele é muito utilizado por pequenos e médios produtores porque em regiões que apresentam um clima muito úmido, onde chove na época da colheita, como é o caso da região da Chapada Diamantina e do Planalto de Conquista, o produtor pode ir secando, colhendo e fazendo o processo de esmagamento, se não tem condições de comprar equipamentos que custam caro – orienta Brito.

O engenheiro cita ainda uma técnica de manejo que pode ser recomendada para todos os cafeicultores: a poda. Ele diz que, depois de uma safra muito grande e de todo o período de estresse sofrido pela planta, deve ser feita uma poda. É através dela que o cafeicultor equilibra todas as raízes, folhas e partes aéreas da planta, favorecendo ao bom desenvolvimento dos ramos produtivos e a uma boa produção na safra seguinte.

– Além disso, o cafeicultor também deve fazer uma boa análise de solo, manejar bem o mato e tê-lo como aliado, fazer uma boa adubação e ter um bom controle de pragas e doenças – orienta Gianno.

Fonte: Coffee Break

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