Syngenta passa a usar blockchain para rastrear café

Imprimir
A Nucoffee, plataforma da Syngenta que conecta produtores e torrefadores de café, emprega a tecnologia de blockchain no rastreamento de grãos exportados. O projeto, anunciado na Semana Internacional do Café, em Belo Horizonte, teve o primeiro embarque com o envio de 36 sacas do Cerrado Mineiro para a Polônia negociadas pela trader da Nucoffee, a Nutrade.

Desenvolvida para registrar transações com moedas virtuais, a tecnologia de blockchain vem sendo aplicada em processos de diversas áreas. A rede compartilhada e descentralizada de blocos de dados é como um livro que tivesse as páginas armazenadas em diferentes locais, que não podem ser alteradas. Segundo o relatório da Embrapa “Visão 2030 – O Futuro da Agricultura Brasileira”, seu uso revolucionará as relações contratuais e econômicas em escala global.

Ao aplicar o segmento do café, a ideia é romper barreiras entre o cafeicultor e o consumidor, fazendo com que anotações feitas na fazenda cheguem a quem toma a xícara. “A rastreabilidade é uma boa oportunidade para melhorar a comercialização”, diz Juan Gimenes, gerente de marketing da Nucoffee.

A empresa oferece insumos e apoio tecnológico em troca de um percentual do café exportado por meio de sua plataforma. “O Brasil é a origem mais competitiva em qualidade e produtividade. O que precisamos é levar mais informações sobre sustentabilidade.”

Segundo Gimenes, a empresa já disponibilizava uma ferramenta de rastreabilidade com mais de dois mil fazendas em atividade. Mas havia dificuldade em levar os dados preenchidos pelo produtor até ao cliente final: geralmente eles paravam no torrefador, que não preenchia sua parte na ferramenta da Nucoffee. Ele acredita que isso vai melhorar com o novo sistema, em que todos são responsáveis, mas “cada um no seu quadrado” faz anotações.

No projeto feito em parceria com a startup Arabyka, de Londrina (PR), as sacarias exportadas pela plataforma Nucoffee já saem com um QR Code. Com um celular, o consumidor terá acesso as informações registrados ao longo da cadeia, consultando esse código.

Fonte: Revista Globo Rural (Por Mariana Weber)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *