SP: exportações do agronegócio atingem US$ 9,92 bi no semestre

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As exportações do agronegócio paulista cresceram 14,2%, para US$ 9,92 bilhões, no primeiro semestre de 2011, comparado com o mesmo período do ano passado, de acordo com o Instituto de Economia Agrícola (IEA-APTA) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento. Como as importações cresceram bem mais (36,8%), para US$ 4,91 bilhões, o saldo comercial do setor ficou em US$ 5,01 bilhões (1,8% inferior ao do primeiro semestre de 2010).

Ainda assim, o agronegócio, mais uma vez, impediu que o comércio exterior paulista fosse bem mais deficitário, de acordo com os pesquisadores José Sidnei Gonçalves e José Roberto Vicente. Isto porque as importações paulistas nos demais setores – exclusive os agronegócios – somaram US$ 34,73 bilhões, para exportações de US$ 17,17 bilhões, o que gerou déficit externo desse agregado de US$ 17,56 bilhões.

As cadeias de produção do agronegócio apresentaram saldos comerciais crescentes, de US$ 5,69 bilhões no primeiro semestre de 2010 para US$ 6,13 bilhões em igual período deste ano, dizem os analistas do IEA. "Esses indicadores são menores quando se considera toda amplitude das transações setoriais, cujo saldo recua de US$ 5,10 bilhões nos primeiros seis meses de 2010 para US$ 5,01 bilhões em igual período de 2011."

Esse resultado, explicam os pesquisadores, deriva da elevação do déficit na balança comercial de bens de capital e insumos, de US$ 590 milhões, em 2010,para US$ 1,12 bilhão em 2011. "Os bens de capital e insumos são fundamentais para a modernidade da produção nacional, notadamente os fertilizantes nos quais têm elevada dependência externa. Entretanto, na maioria das vezes, não são considerados nas análises do comércio exterior setorial, levando a saldos superestimados."

Os cinco principais agregados de cadeias de produção nas exportações do agronegócio paulista, no primeiro semestre, foram a cana e sacarídeas (US$ 3,52 bilhões); os bovídeos/bovinos (US$ 1,44 bilhão); as frutas (US$ 1,14 bilhão); os produtos florestais (US$ 1,12 bilhão) e os cereais/leguminosas/oleaginosas (US$ 714,97 milhões). Esses cinco agregados representam 80,02% das vendas externas setoriais paulistas.

Apresentaram melhor desempenho nas exportações paulistas, no primeiro semestre, o café/estimulantes (crescimento de 68,53% em relação ao mesmo período de 2010); as olerícolas (62,31%); os cereais/leguminosas/oleaginosas (46,03%); os suínos/aves (45,26%); as frutas (41,85%); o fumo (13,05%); os produtos florestais (12,30%); os bovídeos/bovinos (8,11%); os agronegócios especiais (6,22%); os bens de capital e insumos (5,36%); as flores e plantas ornamentais (3,19%); e a cana/sacarídeas (1,25%). Já a redução ficou por conta de têxteis (11,09%) e pescado (30,45%).

Os produtos básicos apresentaram aumento de 40,60% nas exportações do agronegócio paulista, seguidos dos produtos manufaturados (+14,14%). Já as vendas externas dos semimanufaturados sofreram queda de 2,22%. Os produtos manufaturados apresentam a maior participação nas vendas externas (47,43%), totalizando US$ 4,70 bilhões no primeiro semestre de 2011.

Em relação ao agronegócio brasileiro, as exportações setoriais paulistas representaram 22,1%, ou seja, menos 1,7 ponto percentual do que em igual período de 2010. Já as importações paulistas do setor representaram 32,6% do total nacional, ou seja, 2,7 pontos percentuais inferior à representatividade verificada no mesmo período do ano anterior.

A íntegra da análise está disponível no site http://www.iea.sp.gov.br.

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