Simpósio de Cafeicultura começa com foco na valorização do café

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“Não só temos que trabalhar duro para fazer um café de qualidade, mas temos também que vender bem” – A afirmação do Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Elmiro Nascimento, resume bem o foco da abertura e da primeira palestra do Simpósio de Cafeicultura de Montanha, aberto na manhã desta quarta-feira, 21, no Parque de Exposições da Ponte da Aldeia, em Manhuaçu. O evento desenvolveu discussões sobre como agregar valor ao café das Matas de Minas para ganhar mercado e melhorar os preços.

O Secretário Elmiro Nascimento participou da abertura e destacou as políticas do Estado para valorizar o café. Ele argumenta que a produção das Matas de Minas é reconhecida pela qualidade e Minas Gerais é o maior produtor de café, contudo o preço ainda é o mais baixo.
 
Elmiro Nascimento destacou a importância da agregação de valor ao café como instrumento de geração de emprego e desenvolvimento econômico para a região das Matas de Minas. "O Governador Antonio Anastasia definiu que o é prioridade agregar ainda mais valor ao produto café produzido e feito em Minas Gerais. Já foi criado o Fórum da Cadeia Produtiva do Café, cujo objetivo é estreitar o relacionamento entre os segmentos da cadeia produtiva, dando suporte à elaboração de políticas público-privadas para o setor. A intenção é valorizar a produção e os produtores mineiros, criando novas oportunidades de negócio, agregando valor e fortalecendo o café de Minas no mercado internacional”, detalhou Elmiro Nascimento.
 
A proposta é apoiar a produção e comercialização, melhorar a qualidade através da certificação, que já é um sucesso através do Certifica Minas. “Vamos investir em pesquisa e dar um apoio mais direto ao cafeicultor, dentro das nossas limitações de política econômica e de recursos, mas valorizar o nosso produto", afirmou.

Elmiro anunciou ainda medidas para divulgar os produtos mineiros no mercado mundial, aproveitando a Copa de 2014, com esforços para o café, o queijo e a cachaça.

RECONHECIMENTO
Durante sua fala, o presidente da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios (ACIAM), Antônio Carlos Xavier da Gama (Toninho Gama), destacou a melhoria da qualidade ao longo dos últimos 16 anos e agradeceu a parceria de empresas e entidades da região. “Começamos o Simpósio com o maior número de inscrições antecipadas e estandes vendidos de toda a história do evento. Já produzimos café de excelente qualidade, agora temos que ter a remuneração justa”, detalhou.

Toninho Gama citou os seis produtores das Matas de Minas vencedores entre os dez melhores do 21º Prêmio Illy de Qualidade para Expresso e a conquista do Concurso Estadual de Qualidade de Café, promovido pela Emater. “Tivemos os primeiros lugares nos principais concursos. Nossos produtores estão fazendo a parte deles. Temos que investir na agregação de valor e na divulgação dos cafés das Matas de Minas”, afirma.

A abertura ainda teve os pronunciamentos do Prefeito Renato Cezar Von Randow, do Diretor dos Correios em Minas Gerais Pedro Amengol, o Diretor da FAEMG João Roberto Pulitti, o vice-presidente da Federaminas André Farrath, a presidente da Aliança Internacional das Mulheres Produtoras de Café, Josiane Cotrim, e do Secretário de Estado de Esportes e Juventude, Bráulio Braz.

No encerramento da cerimônia de abertura, foram homenageados os produtores Dimas Mendes e José Lourenço (ganhadores do prêmio Illy), o Secretário Elmiro Nascimento e a EMATER-MG, através do Presidente Maurílio Guimarães.

MERCADO 
O primeiro palestrante do evento foi o consultor em agronegócios Carlos Brando. Ele falou da sustentabilidade, qualidade e marketing. Além de traçar um cenário do mercado atual e futuro para o café, mostrou como o café das Matas de Minas pode ganhar mercado com um valor agregado maior. “Temos que colocar tecnologia e aumentar a produtividade dentro da porteira e fazer marketing do lado de fora das porteiras”.

Para ele, o café das Matas de Minas, produzido na região de montanhas, tem mais oportunidades no mercado brasileiro para crescer: tem maior área, solos mais ricos, é mais sustentável e vivenciam uma nova revolução tecnológica. “Qualidade, sustentabilidade e marketing são as chaves para se agregar valor ao café. É preciso fazer marketing das fazendas, das variedades e da origem”, ensina Carlos Brando, lembrando da importância da certificação e da organização dos pequenos produtores.

Manhuaçu é o maior produtor de café da Zona da Mata e ocupa a quarta colocação no ranking estadual. De acordo com o IBGE, a previsão de safra para o município neste ano é de aproximadamente 450 mil sacas.

PROGRAMAÇÃO
O Simpósio de Cafeicultura, que vai até sexta-feira (23), é realizado pela ACIAM e Associação de Cafés Especiais (SCAMG) e conta com o apoio da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Correios, Sebrae-MG, Prefeitura e Câmara de Manhuaçu. Nesta quinta acontecem palestras no Parque de Exposições da Ponte da Aldeia e, na sexta, o Dia de Campo, na Fazenda Experimental do Grupo Heringer, em Martins Soares.

Fonte: Portal do Caparaó

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