Sem romper referencial, café na ICE é pressionado e tem queda

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Os contratos futuros negociados na ICE Futures US encerraram esta quarta-feira com perdas, desacelerando parte dos ganhos observados ao longo dos últimos dias. A sessão foi caracterizada por variações entre altas e baixas na primeira metade do pregão, no entanto, ao não conseguir romper sua principal resistência atual, algumas novas vendas especulativas foram estimuladas, com o encerramento, dessa forma, se dando no lado negativo, com o julho, porém, continuando dentro do nível psicológico acima dos 180,00 centavos de dólar por libra.

O "mercado climático", na opinião de vários players, continua ativo. A massa de ar polar que atingiu o centro-sul do Brasil fez com que várias regiões produtoras registrassem, na terça e quarta-feira, as menores temperaturas do ano, sem, no entanto, o registro de ocorrência de geadas em localidades cafeeiras. Mas o simples fato de os termômetros marcarem temperaturas consideravelmente baixas já faz com que alguns players baixistas repensem a estratégia de liquidação, tão em voga até há alguns dias, e ofertem de forma mais comedida, com os olhos voltados para os boletins meteorológicos.

No encerramento do dia, o julho em Nova Iorque teve queda de 140 pontos, com 182,75 centavos, sendo a máxima em 185,40 e a mínima em 181,25 centavos por libra, com o setembro tendo desvalorização de 130 pontos, com a libra a 185,15 centavos, sendo a máxima em 187,50 e a mínima em 183,60 centavos por libra. Na Euronext/Liffe, em Londres, a posição julho teve alta de 2 dólares com 1.982 dólares por tonelada, com o setembro tendo valorização de 1 dólar, com 1.994 dólares por tonelada.

De acordo com analistas internacionais, as baixas do dia estiveram ligadas a um novo fracasso do julho em avançar sobre níveis de resistência básicos. Ao não cumprir esse salto técnico, alguns vendedores passam a ser estimulados a vender, o que redunda em desacelerações como as verificadas nesta quarta-feira.

Adicionalmente, o mercado externo também não foi dos mais animadores. As bolsas de valores nos Estados Unidos tiveram um dia de retração bastante ligeira, mas as commodities em geral se mostraram pressionadas, com o índice CRB recuando mais de 1% ao longo do dia, influenciado pelo dólar, que avançou em relação a uma cesta de moedas internacionais. "Temos uma importante resistência em 187,50 centavos na base julho e a expectativa por seu rompimento é grande. É possível que consigamos o acionamento de novas ordens de compra se esse patamar foi rompido, mas, mais uma vez, encontramos percalços próximos desse nível de preço e, desse modo, as novas baixas foram proporcionadas, mesmo diante de um cenário sobrevendido, que já perdura há um bom tempo", disse um trader.

As exportações de café da Índia no período de janeiro a abril deste ano, totalizaram 138.970 sacas, o que significou um avanço de 2% em relação as 136.179 sacas remetidas ao exterior no mesmo período do ano passado, segundo informações apresentadas pelo Escritório de Café da Índia. Segundo os números da entidade, as exportações de robusta cresceram 6% e os embarques de arábica sofreram uma diminuição de 7%.

Os estoques certificados de café na bolsa de Nova Iorque tiveram queda de 1.050 sacas, indo para 1.510.596 sacas. O volume negociado no dia na ICE Futures US foi estimado em 17.958 lotes, com as opções tendo 716 calls e 985 puts. Tecnicamente, o julho na ICE Futures US tem uma resistência em 185,40-185,50, 185,70, 186,00, 186,50, 187,00, 187,30, 187,50, 188,00, 188,50, 189,00, 189,50, 189,90-190,00 e 190,50 centavos de dólar por libra peso, com o suporte em 181,25, 181,00, 180,50, 180,10-180,00, 179,50, 179,00, 178,50, 178,00, 177,50, 177,00, 176,50, 176,00 e 175,50 centavos por libra.

Fonte: AgnoCafé

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