São Sebastião do Paraíso inicia o Circuito Mineiro de Cafeicultura 2010

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Teve início nesta quinta-feira (25), no Parque de Exposições de São Sebastião do Paraíso, a primeira etapa do Circuito Mineiro de Cafeicultura. Em sua 12ª edição, o evento terá até o mês de novembro mais de 35 etapas nas principais regiões produtoras do Estado, sendo 25 no Sul de Minas. Com a participação de uma média de oito mil cafeicultores e abrangência de mais de 100 municípios, consolida-se como um dos maiores e mais tradicionais eventos de extensão. A escolha de São Sebastião do Paraíso para o lançamento do Circuito faz parte das comemorações de 50 anos de fundação da Cooparaíso, cooperativa de cafeicultores com mais de cinco mil associados e presente em 12 municípios.

O Circuito Mineiro de Cafeicultura é uma ampliação do Circuito Sul Mineiro de Cafeicultura, realizado desde 1999 em parceria entre a UFLA e EMATER-MG. Também representa a descentralização do Encontro Sulmineiro de Cafeicultura, evento realizado entre 1995 a 1999 e que deu origem ao Circuito, como uma sugestão dos próprios cafeicultores.

Para o coordenador técnico regional da Emater/MG, Marcos Fabri Júnior, o Circuito Mineiro de Cafeicultura não é um evento fim, mas um instrumento de divulgação e transferência do conhecimento a um número expressivo de cafeicultores. A descentralização do evento para os municípios produtores faz com que a informação siga o caminho inverso para atender ao público de referência. Além de apresentar novas tecnologias, cada etapa do Circuito serve como ferramenta de prospecção de demandas, com a construção de um diagnóstico participativo da cafeicultura mineira.

De acordo com Marco Antônio Canestri, gerente da unidade regional da Emater em Lavras, a programação de cada etapa do Circuito é elaborada a partir de temas previamente sugeridos pelos próprios cafeicultores, sinalizando a demanda tecnológica de cada região. Além do tema de interesse, também é levada em consideração a linguagem adotada nas palestras, para que as informações sejam repassadas com eficiência para todos os participantes. Para este ano, temas como gestão, mecanização de pequenas propriedades e manejo sócio-ambiental deverão fazer parte das programações.

Muitas das tecnologias divulgadas no Circuito chegam efetivamente ao campo, depois da apresentação de seus benefícios e comprovação de agregação de valor ao café produzido. Um destes exemplos foi o terreiro de lama asfáltica, cuja aplicação já é estimada em mais de um milhão de metros quadrados. O Concurso Estadual de Qualidade também foi uma demanda levantada pelos participantes do Circuito, após intensivo debate sobre a necessidade de aumentar a qualidade do produto, de valorização pelo produto diferenciado e de ampliação de canais de comercialização.

O Circuito Mineiro de Cafeicultura também serviu para conscientizar os cafeicultores sobre a importância da certificação das propriedades, como ferramenta de divulgação do programa estruturador Certifica Minas Café. Hoje o Circuito faz parte das ações de extensão do programa de certificação mineiro, contribuindo para a evolução das propriedades participantes.

Na avaliação do professor de cafeicultura da UFLA, Rubens José Guimarães, um dos idealizadores do Circuito, o evento cumpre ao objetivo de aproximar os elos da cadeia, facilitando a comunicação entre produtores, pesquisadores e extensionistas. Para ele, prova da eficácia e sucesso do programa está nos números de participantes e na frequência das etapas realizadas. “O Circuito é uma idéia inteligente e eficaz, pois consegue transmitir o conhecimento gerado nas universidades e centros de pesquisas de forma codificada, com uma linguagem acessível ao cafeicultor”, destaca.

O evento é uma realização da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Emater-MG e Universidade Federal de Lavras (UFLA), com apoio da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), Polo de Excelência do Café (PEC/Café), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia e Centro de Excelência do Café Sul de Minas. É realizado com a participação dos conselhos municipais de desenvolvimento rural sustentável, cooperativas de cafeicultores, prefeituras, câmaras municipais e sindicatos rurais.

Fonte: Polo de Excelência do Café

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