Safra paranaense de café começa 2019 com ‘pé esquerdo’

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As projeções para produção cafeeira paranaense em 2019 não deve ser muito diferente da safra anterior. No mês passado, os técnicos de Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura (Seab) fizeram análises em diversas regiões do Estado e a expectativa é que fique entre 1 milhão e 1,1 milhão de sacas, com produtividade variando entre 26,5 sacas a 29,1 sacas por hectare.

A área em produção também não mudou: 37,8 mil hectares. O economista do Deral especialista na cultura, Paulo Franzini, salientou que pelo ciclo de bienalidade a expectativa era de uma safra um pouco mais volumosa este ano. “No entanto, fatores como as variações climáticas, as floradas irregulares, a forte elevação nos custos de produção e a queda nos preços recebidos afetaram precocemente este potencial.”

De acordo com o relatório do Deral, as primeiras floradas ocorreram antecipadamente a partir de agosto e se estenderam até a segunda quinzena de dezembro. Este período prolongado entre as floradas resultou em desuniformidade no ciclo dos frutos na mesma planta, atrapalhando não só o manejo fitossanitário correto das lavouras, mas o planejamento da colheita especialmente visando a obtenção de maior volume de café de qualidade superior. “As chuvas abaixo da média e temperaturas mais elevadas registradas nos meses de novembro e dezembro também prejudicaram o “pegamento” das floradas e contribuíram para queda de chumbinhos acima do normal.”

Por fim, o relatório aponta novamente a dificuldade dos cafeicultores em fechar as contas. Os baixos preços recebidos pelos produtores ano passado aliada a elevação dos preços dos insumos faz com que a comercialização nos atuais preços não cubram os custos de produção. “Este cenário e poucas perspectivas de recuperação das cotações no mercado físico a curto prazo, exige que os produtores melhorem cada vez mais a gestão do seu negócio, e tem gerado grande preocupação do setor produtivo em manter a atividade com inovação e tecnologia necessárias.”

Fonte: Folha de Londrina (Por Victor Lopes)

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