Ritmo de vendas de café no País deve crescer 3,5% por ano até 2021
“A qualidade continua extremamente importante, a retomada do poder aquisitivo dos brasileiros deve resultar em mais estabelecimentos como cafeterias, e o componente de benefício para a saúde é fundamental.
Há cada vez mais estudos confirmando o benefício do café para a saúde, o que estimula muito o consumo entre jovens”, afirmou o diretor executivo da Abic, Nathan Herszkowicz.
A Euromonitor também estimou que, até 2021, o café em pó terá ligeira queda na participação do mercado, enquanto o grão torrado e as cápsulas devem crescer.
O dado é corroborado por levantamento da Abic, que mostra um espaço cada vez maior de cafés considerados “superiores” ou “gourmets” nas gôndolas de supermercados.
De acordo com Herszkovicz, a expectativa para a safra 2018/19 de café no Brasil também têm sido positivas. “As notícias são boas em geral, tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo que, mesmo com o calor, não foi no Estado todo”, disse.
“A Bahia vai muito bem, Rondônia também – estão muito estimulados com o robusta amazônico de lá”, continuou o executivo, finalizando: “E não acho que haja excedente na safra mundial.”
O diretor da Abic também acredita ser possível que o Brasil possa começar a exportar mais café torrado e moído, o que tem sido um desafio. A justificativa seria o investimento de empresas no País, como a Nestlé e a Três Corações, que abriram fábricas nos últimos anos. “Somos provedores do mercado interno, e a exportação de café torrado e moído não anda para a frente. Mas acredito que esses investimentos possam resultar em um crescimento”, concluiu.