Risco de chuvas no período de colheita do arábica

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O cenário climático é mais favorável para a cultura de café arábica no país na safra 2016/17, mas eventuais efeitos do resfriamento das águas do oceano Pacífico após o enfraquecimento do fenômeno El Niño a partir da segunda metade do verão ­ já começam a entrar no radar de meteorologistas e analistas.

De acordo com Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Somar Meteorologia, atualmente o clima está regular nas regiões de produção de arábica do Brasil, o que estancou perdas que haviam ocorrido por conta da falta de chuvas no período de primavera. Ainda que a previsão seja de menor volume de precipitação a partir de março, Santos não vê risco de estresse hídrico porque as temperaturas também devem cair a partir de março.

Com as chuvas regulares nas regiões de produção, não houve problema de desenvolvimento na lavouras de arábica, segundo Santos. Mas o resfriamento das águas do oceano Pacífico, reflexo do enfraquecimento do El Niño na segunda metade deste verão e no próximo outono, pode provocar chuvas durante o outono e mais ondas de frio, prevê o agrometeorologista.

Chuvas nesse período podem afetar a qualidade do café e também a colheita do grão da safra 2016/17, que começa a partir de maio, no caso do arábica.

Santos afirma que o resfriamento das águas do Pacífico eleva a possibilidade de entrada de massas de ar polar com "mais intensidade e mais amplitude", o que aumenta a probabilidade de geadas no país no inverno. Ele frisa, porém, que se trata de maior probabilidade e não de certeza de geadas.

Fonte: Valor Econômico (Alda do Amaral Rocha)

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