Renovação da lavoura cafeeira em RO será mostrada em feira agroindustrial na Bolívia

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As tecnologias empregadas para a melhoria da qualidade e produtividade do café rondoniense, que proporcionaram a elevação da safra para 1,870 milhões de sacas, incluindo a transformação de 30% da lavoura cafeeira com mudas clonais, que podem atingir a uma produtividade de até 150 sacas por hectare são algumas das experiências positivas que os técnicos de Rondônia vão mostrar na Bolívia, na XIV Feira Agroindustrial de Pando, que será realizada na Cidade de Cobija, de 3 a 6 de agosto.

A secretária-adjunta de Agricultura (Seagri), Mary Braganhol, visitará a feira atendendo ao convite do governador de Pando, Luis Adolfo Flores Roberts, acompanhada do médico veterinário Antonio Henrique Magatti Fernandes, Assessor de Agroindústria da Seagri; do engenheiro agrônomo Raphael Francis Barbosa Oliveira Cidade e do engenheiro agrônomo Hélio Pinheiro Casara, ambos extensionistas rurais da Empresa Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural – Emater-RO. A equipe vai abordar em palestras e apresentação de vídeos, as principais experiências resultantes das políticas governamentais para o desenvolvimento do setor agropecuário rondoniense.

A Fexpo Pando, também realizada anualmente, desenvolve políticas e estratégias para impulsionar o desenvolvimento agroindustrial da Amazônia Boliviana, com a finalidade de fomentar o desenvolvimento econômico e social da região. O estreitamento da amizade entre o Estado de Rondônia e a Bolívia tem sido estimulado pelo interesse no intercâmbio de informações sobre o desenvolvimento do setor produtivo. Uma comitiva boliviana também esteve presente no mês de maio, na 6ª Rondônia Rural Show. Na ocasião, eles conheceram experiências com agroindústrias de beneficiamento de leite e de frutas e receberam informações sobre o funcionamento do Prove, um programa de incentivo à verticalização da produção, que tem ampliado a renda dos produtores em Rondônia.

Mary Braganhol, que recepcionou e acompanhou a comitiva boliviana durante a visita na 6ª RR Show, afirma que Rondônia tem experiências exitosas para mostrar aos técnicos bolivianos, seja no desenvolvimento da agricultura familiar rondoniense, como também os resultados significativos que os programas de Governo tem proporcionado para o desenvolvimento do agronegócio, com reflexos positivos na economia do Estado. Além das tecnologias empregadas para a melhoria da cultura cafeeira, serão abordadas as tecnologias para a sanidade do rebanho leiteiro e qualidade do leite; implantação e legalização de agroindústrias e desenvolvimento da piscicultura no Estado.

De acordo com Henrique Fernandes, o Programa de Agroindústrias da Seagri, que conta com cerca de 600 unidades implantadas no Estado, é, antes de tudo, ‘um Programa Social’, porque fixa o homem no campo, evita o êxodo rural, resgata a dignidade e amplia a renda do produtor, agregando valor à matéria-prima, diminuindo, inclusive, a concorrência com empresas clandestinas e melhorando a qualidade dos produtos ofertados à população. Em sua palestra, ele trata da implantação, legalização, vantagens e dificuldades para a implantação de agroindústrias.

ASCENDÊNCIA

O potencial produtivo do café em Rondônia é ascendente, conforme informa o engenheiro agrônomo Raphael Cidade, podendo, em condições favoráveis, atingir a uma produtividade de até 150 sacas por hectare. O café rondoniense registrou aumento de 14,9% em relação à safra anterior, elevando a produção de 1,5 milhões de sacas para 1,870 milhões de sacas, de acordo com o segundo levantamento de maio deste ano, do Acompanhamento da safra brasileira de café, da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em uma área plantada de 87.657 hectares, com produtividade de 21,33 sacas por hectare.

De acordo com Cidade, em áreas de lavouras renovadas, o desempenho tem atingido a média de 70 sacas por hectare, levando-se em conta o pacote tecnológico que envolve informações sobre o plantio, adubação, qualidade, poda, irrigação e colheita; experiências e casos de sucesso dos produtores, pesquisadores e extensionistas rurais. Com as informações necessárias, o acesso ao crédito, à água, e regiões de áreas planas que favorecem o plantio, o Estado de Rondônia se destaca como o segundo maior produtor de café Conilon/Robusta do país e o quinto maior produtor em escala geral, tendo sido responsável por uma arrecadação de ICM’s em torno de R$40 milhões no ano passado.

O técnico cita ainda o incentivo do governo com a distribuição de dois milhões de mudas clonais para a expansão da lavoura cafeeira. “É necessário melhorar a qualidade levando-se em conta todo o pacote de informações tecnológicas que envolvem a cultura, como podas adequadas, colheita no tempo certo e processo de secagem natural. A condução adequada das lavouras é o que garante a qualidade do grão. O concurso para a qualidade do café, que está sendo feito pelo segundo ano consecutivo, também faz parte do conjunto de ações que colaboram para o alcance da qualidade da produção”, afirma o técnico.

PEIXE

Os incentivos como a construção de tanques, o acesso ao crédito, financiamento e custeio, bem como a desburocratização do licenciamento das áreas para a criação, tem colaborado para elevar o Estado de Rondônia como o maior produtor de peixes nativos em cativeiro, com o registro de 90 mil toneladas ao ano, em propriedades comandadas por pequenos, médios e grandes produtores rurais.

De acordo com o engenheiro agrônomo Hélio Pinheiro Casara, especialista em piscicultura e gerente do escritório local da Emater-RO em Ariquemes, a qualidade sanitária e a evolução da piscicultura em Rondônia também serão mostradas durante a Fexpo Pando. Ele também vai tratar sobre a qualidade do leite, através da granelização por tanques de resfriamento; do manejo de pastagens; bem como da utilização da biotecnologia para melhoramento do rebanho leiteiro.

Fonte: Secom Governo do Estado de Rondônia (Por Mirian Franco com foto de Vera Dutka)

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