Queda no mercado internacional não preocupa cafeicultores brasileiros

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Presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Guilherme Braga, diz que, apesar do tumulto do mercado neste momento, em breve deve se ajustar.

Pelo menos dois fatores explicam a queda no preço do café no mercado internacional na última semana. A diminuição da demanda nos países consumidores do hemisfério norte e a crise financeira na Europa. Mas especialistas do setor dizem que a situação não preocupa os produtores brasileiros.

Há duas semanas os preços estão em queda, com maior intensidade nos últimos três, quatro dias. Do dia 10 até 17 de junho, a cotação do café caiu US$ 20 na bolsa de Nova York.

"Isso tudo leva os operadores de bolsa a liquidar funções, que é o que está acontecendo. Eles não veem nenhum motivo para alta a curto prazo e percebem que pode acontecer alguma coisa na economia que possa derrubar um pouco o mercado", explica o analista de mercado, Eduardo Carvalhaes Junior.

"O produtor de café também quando vê uma oferta mais baixa, acredita no mercado. Ele sabe. Ele esta na fazenda e vendo que a produção foi menor e não vai vender justamente num pico de baixa como este", complementa.

No mercado físico, em média, a saca de café está a faixa dos R$ 500. A cooperativa onde a gerente de exportação Evelyse Lopes trabalha negocia cafés de 12 mil associados tanto no mercado interno quanto no exterior. Segundo ela os produtores não estão preocupados com queda nos preços e no mercado interno eles estão firmes.

"A safra está começando a entrar. Não estamos vendo pressão nenhuma por conta dos produtores, de venda. Eles, de certa forma, venderam a preços razoáveis. Estão capitalizados e não há necessidade do momento de vender agressivamente – relata Evelyse.

Guilherme Braga, presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), diz que, apesar do tumulto do mercado neste momento, em breve deve se ajustar. Os números da produção brasileira dão certa garantia disso: nesta safra são mais de 45 milhões de sacas colhidas nos cafezais de todo o país. Isso representa mais de um terço de todo o café produzido no planeta.

"Normalmente estas crises são muito efêmeras, porque em pouco tempo os fundamentos do mercado equilibram a oferta e demanda, o comportamento do consumo que é positivo. O Brasil colhendo este ano, a safra mais baixa etc, são todos fatores de sustentação dos preços a médio e longo prazos", relata Braga.

Fonte: CaféPoint

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