Propriedades saudáveis do café são discutidas em feira na Espanha

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Apesar de o café ser a segunda bebida mais consumida no mundo, ficando atrás somente da água, são muitos os falsos mitos que ainda prevalecem com relação a seus efeitos sobre a saúde. De fato, segundo diversas pesquisas, o consumo habitual e moderado de café pode fornecer benefícios para a saúde e fazer parte de uma dieta equilibrada. Para derrubar esses mitos e falar sobre as realidades dos efeitos do consumo moderado de café na saúde, especialistas de prestígio nacional participaram de uma mesa redonda do Madrid Fusión 2013, grande evento de gastronomia ocorrido no mês de janeiro, na Espanha.

A doutora em Medicina e Cirurgia e especialista em Endocrinologia e Nutrição, Pilar Riobó, destacou que as pesquisas demonstram que o consumo moderado de café, entendido como máximo de três ou quatro xícaras por dia, pode ser benéfico à saúde. Concretamente, durante a mesa redonda, falou-se de um estudo que concluiu que “o consumo de café pode reduzir o risco de desenvolver diabetes tipo 2 em 25%”. Segundo Riobó, o efeito protetor poderia ser também devido a outros componentes do café que não são a cafeína, já que se encontrou um efeito protetor no café descafeinado, ainda que menos intenso, nos estudos. “O café contém substâncias como vitaminas, minerais e antioxidantes de forma que pode-se fornecer outros benefícios à saúde”.

Ela disse também que o café pode ter “efeitos benéficos no sistema digestivo, especialmente na incidência de algumas das doenças mais frequentes do fígado e da vesícula biliar” e que “a maioria dos estudos epidemiológicos realizados até o momento encontrou uma menor incidência de doenças neuro-degenerativas, como Parkinson ou Alzheimer, entre os consumidores habituais de café”.

Longevidade – O presidente da Fundação Espanhola do Coracao, Leandro Plaza, disse que “segundo pesquisas recentes epidemiológicas publicadas por prestigiosas publicações internacionais, o consumo diário de até quatro xícaras de café está associado diretamente a uma maior longevidade e a uma maior sobrevivência da população geral, já que se tem comprovado que reduz o risco de padecer de várias doenças”.

De fato, segundo os estudos, “o consumo moderado de café reduz em 14% o risco de morte”. Como exemplo, Plaza citou um recente estudo de 2012 realizado com 400.000 pessoas de 50 a 71 anos em que precisamente se afirma que o café está associado com uma menor mortalidade total e, concretamente, de mortalidade devido a doenças cardiovasculares. “Não existe motivo para que um hipertenso bem controlado não possa tomar café”.

Elemento socializador e parte de uma dieta equilibrada – “Incluir em nossa alimentação de maneira razoável e inteligente produtos que forneçam prazer pode ajudar a conseguir uma dieta equilibrada, já que contribuirá para realizar um consumo mais variado de alimentos”, disse o presidente da Fundação Espanhola de Nutrição e professor de nutrição e bromatologia da Faculdade de Farmácia da Universidade CEU San Pablo, Gregorio Varela Moreiras. Assim, como o consumo de café está muito ligado ao prazer, “pode se converter em um elemento muito relacionado com a manutenção de uma dieta equilibrada”.

Além do aspecto agradável do café, Moreiras citou seu componente socializador. “Pela primeira vez, inclui-se a socialização na base da pirâmide alimentar da dieta mediterrânea” e seu papel na hidratação. “Mais de 98% do café é água, o que se converte em uma fonte importante de hidratação, sempre que o consumo for moderado”.

Segundo o último relatório estatístico sobre os Hábitos de Consumo de Café da Espanha, publicado pela Federação Espanhola de Café (FEC), 63% da população adulta maior de 15 anos tomam café diariamente e os consumidores bebem 3,6 cafés diários na semana e 2,6 xícaras por dia durante os finais de semana. A reportagem é de Noticiasmedicas.es, traduzida e adaptada pelo CaféPoint.

Fonte: CaféPoint

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