Proibição do endosulfan deixa cafeicultores brasileiros sem opção

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O inseticida/acaricida endosulfam está banido do Brasil desde 31 de julho de 2013, quando foi proibida a venda e o uso deste organoclorado. Essa decisão, porém, deixou milhares de cafeicultores do País sem alternativas para o controle da “broca-do-café” (Hypothenemus hampeii).

“Os cafeicultores estão vivendo um sério problema. O Endosulfan é o único produto eficiente no controle da broca-do-café. Por ser muito tóxico, foi proibido de ser produzido e comercializado no país. Mesmo eficiente no controle de inúmeras pragas na agricultura, a tendência é que todos os inseticidas de tarja vermelha, que são extremamente tóxicos, caiam em desuso. Mas alguns são ainda muito importantes, como os inseticidas fosforados remanescentes no mercado”, disse o pesquisador e entomologista da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), Júlio César de Souza.

Segundo Souza, os “inseticidas substitutos que atuam contra essa praga não apresentam a mesma eficiência do inseticida padrão endosulfan. Para completar a lista, dois novos inseticidas, do grupo das Diamidas Antranílicas, de eficiência igual à do endosulfan, aguardam registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento” explicou.

Usado desde a década de 70, o endosulfan é aplicado também nas culturas de soja, algodão, cacau e cana de açúcar. O endosulfan foi proibido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) por ser um produto fitossanitário com classe toxicológica I. Pode causar intoxicação na mão-de-obra envolvida em sua aplicação nas lavouras de café, principalmente com pulverizadores costais manuais, em pequenas lavouras adensadas e também naquelas implantadas em topografia acidentada que utilizam os mesmos equipamentos.

Fonte: Agronoticias via Rede Social do Café

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