Programas de pesquisa aumentam a produtividade e a qualidade do café brasileiro

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Segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo anual de café no Brasil é de cerca de 20 milhões de sacas de 60 quilos. O consumo per capita é de 6,18 quilos de café em grão cru ou 4,94 quilos de café torrado, o que representa quase 83 litros para cada brasileiro por ano. Ainda de acordo com a Abic, a tendência é que o consumo do brasileiro aumente nos próximos anos, por conta da melhoria da qualidade e da ampliação da oferta de produtos inovadores e diferenciados.

Uma das iniciativas responsáveis por programas de pesquisa sobre o grão é o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “Sem dúvida alguma, as pesquisas têm melhorado as variedades/cultivares do café e incrementado a sustentabilidade e a produtividade. Isso amplia a oferta de grãos melhores, o que permite à indústria também melhorar a qualidade tanto dos cafés tradicionais quanto dos conceituados cafés gourmets”, diz Nathan Herszkowicz, diretor-executivo da Abic.

Pesquisas de melhoramento genético feitas pelo consórcio propiciaram o desenvolvimento de 36 cultivares de arábica e conilon, resistentes às principais pragas e doenças do cafeeiro e adaptadas a determinadas condições climáticas, melhorando qualidade dos frutos e incrementando significativamente a produção.

O desenvolvimento de sistemas de irrigação também contribuiu para incrementar a produtividade e a qualidade da produção, o que fez com que o café pudesse ser cultivado em regiões antes consideradas marginais. Hoje, sabe-se que a irrigação pode trazer incrementos na produtividade que variam de 46 a 110%.

Algumas das pesquisas feitas pelo consórcio não dizem respeito apenas ao aumento da produtividade nas lavouras, mas a desmitificar preconceitos e provar que o café é um alimento que beneficia a saúde humana. “Estamos colocando em prática a união da pesquisa agronômica com a biomédica, integrando do café relacionados à área da saúde”, diz Gabriel Bartholo, gerente geral da Embrapa Café. Os estudos estão concentrados basicamente nas linhas que relacionam o consumo de café a benefícios ao cérebro e ao coração, à potencialização do aprendizado nas escolas e ao estudo de substâncias antioxidantes presentes no grão – tais compostos trazem benefícios como a prevenção de hipertensão e diabetes, por exemplo.

Fonte: Globo Rural Online via Rede Social do Café

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