Professora da Universidade Estadual de Londrina fala na China sobre adulteração de café

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A pesquisadora será a única brasileira a participar de um painel sobre uma técnica de análise, a Cromatografia (Divulgação/Agência UEL de Notícias)

A professora do Departamento de Química da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Suzana Lucy Nixdorf, será uma das palestrantes do "Analytics 2014", congresso que será realizado de 25 a 28 deste mês, em Dalian, na China, reunindo pesquisadores de todo o mundo. A professora foi convidada a apresentar os resultados de trabalhos realizados no Laboratório de Desenvolvimento e Instrumentação e Metodologia Analítica (DIA) sobre adulteração de café.

A pesquisadora será a única brasileira a participar de um painel sobre uma técnica de análise denominada Cromatografia, juntamente com outros sete pesquisadores dos EUA, China, Alemanha e Arábia Saudita.

A análise do café é uma das linhas de pesquisa da professora Suzana. O convite para a participação no evento científico ocorre porque a China é importante parceira comercial do Brasil, que por sua vez ocupa a posição de maior produtor do grão em todo o mundo. A professora ressalta que o mercado internacional de café prevê a comercialização do grão e de vários subprodutos, como extrato e o café solúvel.

O trabalho desenvolvido na UEL utiliza a técnica de Cromatografia, ou seja, utiliza cromatógrafos para identificar a quantidade de mistura e identificar o grau de pureza. "Quimicamente trata-se de um processo complicado. Buscamos obter o perfil da mistura para analisar e saber exatamente qual é o elemento adulterante", explica.

Segundo a pesquisadora, os elementos mais utilizados nas misturas são milho, triticale (mistura de cevada com outros grãos), semente de açaí e cevada. De acordo com a professora, estas misturas não provocam exatamente danos à saúde, mas ludibriam o consumidor que busca um produto puro e de qualidade. A pesquisa da UEL já despertou o interesse da Associação Brasileira da Indústria do Café (ABIC), que segundo ela, coleta cerca de 2 mil amostras/ano para conferir o selo de pureza dos produtos oferecidos pelo consumidor.

Ainda de acordo com a professora, atualmente o padrão da bebida brasileira é considerado bom, perto do que foi oferecido antes da Instrução Normativa (IN) 16/2010, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Esta normativa fixava 1% de impureza para o café comercializado no país. Ainda de acordo com pesquisadora, a preocupação é que esta Instrução foi revogada no final do ano passado, o que poderá causar impacto negativo novamente no padrão do produto oferecido ao consumidor brasileiro.

Fonte: O Diário – Londrina via Universidade Estadual de Londrina

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