Produtores reivindicam revisão do preço mínimo do café e prorrogação de dívidas

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Há três anos sem uma revisão do preço mínimo do café, os cafeicultores brasileiros reivindicam a correção do valor pago ao produtor e a prorrogação do vencimento das parcelas do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). O preço defasado pago pelo grão, segundo os produtores, não cobre sequer os custos de produção, fazendo com que a estocagem aumente e desvalorize o produto.

Na semana que vem, o Conselho Monetário Nacional deve se reunir para discutir essas questões. De acordo com cálculos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é recomendável que o preço mínimo por saca de 60 quilos do café arábica suba dos atuais R$ 261,00 para R$ 340,00. Com custos de produção que chegam a R$ 350,00, a possibilidade de um reajuste vêm em boa hora, afirma Silas Brasileiro (imagem extraída da reportagem do Canal Rural), presidente do Conselho Nacional do Café (CNC).

– É fundamental, porque nós temos que desenvolver projetos que venham em cima do preço mínimo. Tendo como base um preço que hoje está próximo ao custo de produção, estamos muito defasados.

A prorrogação do prazo de vencimento das parcelas do Funcafé também está prevista. Sem a urgência de quitar os débitos, os produtores ganham tempo e podem vender o produto quando os preços estiverem mais atrativos.

– Nós vamos ter 12 meses para pagar o programa de estocagem, com quatro meses de carência, e aí não vai ter coincidência de oferta com a nova safra que vamos colher agora, a partir de abril – explica Brasileiro.

Para José Eustáquio, especialista do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as medidas, que devem ser anunciadas na próxima semana, terão impacto na renda do cafeicultor.

– A princípio, essas políticas que o governo pretende implementar vão dar um ajuste no preço interno e isso vai ter uma sinalização no mercado internacional de café. O mercado internacional vai ajustar essas informações e, provavelmente, você vai ter um aumento do preço do café.

Assista à reportagem do Canal Rural: 

Fonte: Canal Rural – RuralBR via CNC 

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