Produtores querem identificar café à região do Cerrado

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A Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, que congrega 17 entidades representativas do setor, lançam, no dia 19 de abril, em Uberlândia, uma estratégia que direcionará o futuro dos negócios da região para mercados consumidores que valorizam qualidade, origem e sustentabilidade.

A região, que abrange o Triângulo, Alto Paranaíba, parte do Alto São Francisco e Noroeste do estado, conta com o maior número de fazendas certificadas no Brasil na produção de cafés diferenciados com indicação geográfica.

A região produz mais de 5 milhões de sacas de café e, nos últimos anos, alcançou expressiva valorização no mercado nacional e internacional, resultado de investimentos em qualidade e rastreabilidade. “Há um mercado novo, com grande potencial de consumo qualificado e que ainda não identifica a Região do Cerrado Mineiro como origem produtora de cafés diferenciados”, avalia Francisco Sérgio de Assis, presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado.

Segundo Assis, isto ocorre tanto no Brasil quanto no exterior. Com o novo direcionamento estratégico, os produtores pretendem conquistar o reconhecimento de torrefadores, redes de cafeterias e consumidores.

A região exporta cerca de 2,45 milhões de sacas – 70% da produção – principalmente para torrefadores dos EUA, Europa e Japão, sendo o único produtor de cafés no Brasil com certificação de origem com base na sua Indicação Geográfica. Hoje, cerca de 220 fazendas da região estão certificadas. Elas respondem por 20% da produção, o equivalente a 700 mil sacas. “O Brasil deve se tornar, em breve, o maior mercado consumidor de café do mundo, posto que atualmente é ocupado pelos EUA.

Com o aumento do poder aquisitivo da população, a procura por grãos de alta qualidade também está crescendo”, justifica o técnico do Sebrae em Minas, Marcos Geraldo da Silva. A instituição desenvolve projetos de capacitação técnica e gerencial junto a produtores da região e, desde 2005, trabalha para estimular a competitividade do setor no mercado interno e externo.

O Cerrado mineiro apresenta estações climáticas bem definidas, tipicamente continentais, com verão chuvoso e quente, enquanto o inverno é seco e de temperatura amena. O grão denota aroma intenso com notas entre caramelo, nozes e frutas secas, bebida adocicada e encorpada, acidez cítrica muito delicada, sabor achocolatado de longa duração.

A rastreabilidade dos cafés certificados é assegurada pelo Selo de Garantia e do código de barras de logística do Certificado de Origem e Qualidade da Região do Cerrado Mineiro.

Fonte: AgnoCafe

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