Produtores não vão aceitar preço mínimo inferior a R$336,13/Saca

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A quinta-feira foi mais um dia de frustração para os produtores de café, que aguardavam uma definição e o anúncio de uma elevação para o preço mínimo do grão. Foi adiada para a próxima segunda (29/04) a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) em que deverá ser votada a revisão do preço mínimo do café. O encontro estava marcado para a tarde de hoje, em Brasília.

A elevação do valor de garantia – congelado há três anos em R$ 261,00 a saca – é reivindicação central de cafeicultores e entidades do setor de todo o país em campanha por medidas que ponham fim à crise vivida pela cafeicultura.

A senadora e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Kátia Abreu, e o diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG) e presidente das Comissões de Café da entidade mineira e da CNA, Breno Mesquita, representaram os produtores em reunião no Ministério da Fazenda na manhã de hoje. “O setor vinha pedindo a fixação do preço mínimo em R$ 340,00, que equivale ao custo de produção da saca de 60 quilos de café, mas, após sucessivas discussões, concordamos em apoiar o valor levantado pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), de R$ 336,13. Menos do que isso, não aceitaremos”, afirmou Mesquita ao fim do
encontro.

O presidente da FAEMG, Roberto Simões, destaca que a elevação do preço mínimo do café é fundamental, já que o grão tem sido cotado abaixo dos custos de produção, sem qualquer razão além da especulação de mercado:

“As políticas de garantia que pedimos já foram usadas em diversas ocasiões, sempre com resultados positivos para a economia brasileira e sem grandes ônus para o Governo. Basta que ele sinalize que está garantindo a compra e os preços, que o mercado reagirá, seguindo um caminho tão necessário para milhares de produtores e, de forma geral, para todo o povo brasileiro”.

Simões ressaltou que a expectativa do setor pela aprovação é grande.

“Este valor de R$ 336,13, que esperamos ser aprovado na segunda-feira, tem, de certa forma, a chancela do próprio governo. Ele é a média brasileira dos custos de produção calculada pela Conab, órgão federal de grande credibilidade. Não estamos reivindicando um valor aleatório, e sim um preço calculado com base técnica por fonte oficial. Não aceitaremos valor inferior, porque não há qualquer razão que justifique outro valor.”

As informações partem da assessoria de comunicação da FAEMG.

Fonte: Safras & Mercado via Rede Social do Café

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