Produtores e exportadores de café vão consumir o recorde de 50 milhões de sacas nesta safra

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Os países produtores e exportadores de café vão superar, pela primeira vez, a marca de 50 milhões de sacas consumidas em uma única safra.

Dados divulgados nesta terça-feira (9) pela OIC (Organização Internacional do Café) indicam que as estimativas são que os exportadores atingirão a marca de 50,5 milhões de sacas no consumo interno, com crescimento de 1,6% no ano. O aumento acumulado nas últimas três safras é de de 7% .

A elevação do consumo dos produtores e exportadores ajudou a aumentar também o volume mundial a ser consumido, que  deverá atingir 162,2 milhões de sacas em 2017/18.

Já os países importadores consumirão 111,7 milhões de sacas, com evolução de 1,8%, em relação à safra anterior.

Como a produção deverá ficar em 164,8 milhões de sacas, a oferta de café volta a ser maior do que o consumo, segundo a OIC. Na safra de 2016, o déficit havia sido de 3,4 milhões de sacas, após uma estabilidade entre oferta e demanda em 2015.

A produção mundial de café sobe nesta safra 2017/18 porque há uma recuperação das lavouras de robusta. Os produtores brasileiros, após um forte período de secas, colocam 13,45 milhões de sacas a mais no mercado, um volume 16% maior do que o do período anterior.

O Vietnã, líder mundial na produção de café robusta, elevará a produção em 15,5%, para 28 milhões de sacas.

A liderança na produção mundial de café é de arábica, que atingirá 102 milhões de sacas nesta safra, superando em 2% a de 2016/17. O Brasil é o maior produtor dessa variedade da bebida, com colheita de 44,2 milhões de sacas, segundo a OIC.

A Colômbia, segunda maior produtora mundial de café arábica, volta para 14 milhões de sacas, 4% menos do que na safra anterior.

Os colombianos vinham obtendo uma recuperação nos volumes colhidos nos últimos anos, após uma reestruturação das lavouras, mas foram prejudicados pelas más condições climáticas no país.

Os asiáticos vêm se tornando grandes propulsores da evolução mundial do café. Nesta safra, o crescimento do consumo na região deverá ser de 3%, em relação ao ano anterior.

A média mundial, sem a Ásia e a Oceania, que consomem 35,9 milhões de sacas, é de crescimento de apenas 1,4%.

Outra região que se destaca é a América do Norte, onde o consumo subiu para 30,3 milhões de sacas, 2,6% mais do que no ano anterior.

Fonte: Folha de S.Paulo (Coluna Vaivém das Commodities – Por Mauro Zafalon)

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