Produtores dos melhores Cafés da Denominação de Origem – Região do Cerrado Mineiro – são premiados em noite de emoções

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Emoção, homenagens e celebração essas foram a tônica da noite do II Prêmio Região do Cerrado Mineiro, na quinta-feira, 30 de outubro, na qual foram conhecidos os produtores dos melhores cafés da Região do Cerrado Mineiro, única Denominação de Origem para café no Brasil. O evento aconteceu em Uberlândia, para cerca de 600 convidados, que contou com produtores, torrefadores, importadores, exportadores e autoridades.

Alex Atala
Uma das presenças marcantes no evento foi do maior Chef de Cozinha do Brasil – Alex Atala que fez uma participação como embaixador da marca TRES do Grupo 3 Corações anunciando que o Grupo fará o lançamento de uma edição limitada de cápsulas com os lotes adquiridos no II Prêmio Região do Cerrado Mineiro. O chef parabenizou o trabalho desenvolvido pela Região do Cerrado Mineiro e seus produtores e destacou que ficou muito feliz em conhecer a Região e que todos deviam ter a oportunidade de fazer a mesma visita que ele fez naquele dia a tarde, explorando o potencial do agro turismo da Região. Encerrou sua fala dizendo que a maior rede social do mundo é o alimento, que conecta todas as pessoas. Na tarde do dia 30, Atala fez uma visita à Fazenda Paraíso, em Araguari da produtora Evanete Peres, uma conexão entre o mundo gourmet e a cafeicultura.

Homenagens
A cerimônia também foi palco de homenagens. A Federação dos Cafeicultores do Cerrado, na pessoa de Francisco Sérgio de Assis – presidente, foi homenageada pelo Sebrae pela parceria com o projeto Educampo, que já conta com 20 grupos na Região e cerca de 400 produtores atendidos. O produtor Valdeir Correa de Faria recebeu a homenagem representando todos os produtores do Projeto Educampo.

Ainda sobre o Educampo, 4 técnicos foram homenageados, eles foram os que mais se destacaram durante o ano, sendo avaliados em 15 critérios, quais sejam: Caio Eduardo Lazarini Garcia, pelo grupo de Educampo da Expocaccer; Elisa Muller Veronezi, também pelo grupo de Educampo da Expocaccer; Max Afonso Alves da Silva pelo grupo de Educampo da Assocafé; e Rogner Carvalho de Avelar pelo grupo de Educampo da Amoca e Coocacer Monte Carmelo.
A Federação dos Cafeicultores do Cerrado fez também algumas homenagens ao trabalho de homens e mulheres, que são a base da força que tem feito o Cerrado Mineiro crescer; este ano os homenageados pela Federação foram: Evanete Peres, produtora; Lázaro Ribeiro de Oliveira, produtor; e Marcos Geraldo Alves da Silva, analista do Sebrae, gestor dos projetos da Região.

Premiação
A grande expectativa da noite foi pela revelação dos produtores dos melhores cafés da Região do Cerrado Mineiro. Nesta edição os 10 finalistas de cada categoria, café Natural e Cereja Descascado foram até a final, dando ainda mais suspense ao nome dos grandes campeões. Os cafés foram avaliados sob dois critérios: a Alta Qualidade que teve peso 2, esse critério baseou-se na metodologia da Associação Americana de Cafés Especiais – SCAA (sigla em inglês), tendo as provas dos cafés sido realizadas sob coordenação da UFLA – Universidade Federal de Lavras; e o segundo critério foi o Ético e Rastreável que teve peso 1, para avaliação desses critérios foram aplicados questionários nas propriedades rurais dos finalistas por Empresa Auditora terceirizada.

Cada produtor premiado receberá um valor diferenciado pelo lote. O primeiro colocado de cada categoria receberá R$1.200,00 por saca, no total de R$24.000,00. O segundo colocado receberá R$1.000,00 por saca, no total de R$20.000,00 e o terceiro colocado receberá R$800,00 por saca, total de R$16.000,00. Lembrando que lote é composto por 20 sacas.

Na categoria Cereja Descascado o grande campeão da noite, com uma nota de qualidade de bebida de 89,12 pontos e 84 pontos no critério ético e rastreável, foi a AC Café, representada pelo seu Diretor Operacional, Carlos Roberto Piccin. Para o diretor a consagração de um trabalho. “Ficamos muito felizes com essa premiação, é o reconhecimento do trabalho de cada um. Cada colaborar teve seu papel e o desempenhou bem para que chegássemos a esse resultado. Desde o nosso presidente até os colaboradores vibraram muito com essa conquista” – finalizou Piccin.

Na categoria Natural o campeão da noite foi Eduardo Pinheiro Campos, com a Fazenda Dona Nenem, recebendo a incrível nota de 91,25 pontos em qualidade de bebida e 84 pontos no critério ético e rastreável. Eduardo arrematou ainda o 2º e 3º lugares na categoria Cereja Descascado. Para o produtor faltam palavras para descrever tamanha a emoção. “Estamos muito envaidecidos e orgulhosos de nossa equipe que fez um belíssimo trabalho. Conquistar três colocações é extremamente difícil e prova o trabalho comprometido que fazemos. Muito mais do que um concurso, foi um congraçamento de todos os cafeicultores finalistas” – explicou Eduardo Pinheiro Campos.

Confira a relação completa da colocação dos finalistas:

Categoria Cereja Descascado:
1º lugar – AC Café – Perdizes; 2º lugar – Eduardo Pinheiro Campos – Presidente Olegário; 3º lugar – Eduardo Pinheiro Campos – Presidente Olegário; 4º lugar – Tomas Eliodoro da Costa – Tapira; 5º lugar – João Batista Montanari – Patrocínio; 6º lugar – Nivaldo Souza Ribeiro – Unaí; 7ºlugar – José Carlos Grossi – Coromandel; 8º lugar – Lázaro Ribeiro de Oliveira – Patrocínio; 9º lugar – Orlando Nakao – Coromandel; e 10° lugar – Zabulon Afonso dos Santos – Carmo do Paranaíba.

Categoria Natural:
1º lugar – Eduardo Pinheiro Campos – Presidente Olegário; 2º lugar- Osmar Pereira Nunes Júnior – Patrocínio; 3º lugar – Juliana Tytko Armelin – Ibiá ; 4º lugar – Rodrigo Aparecido Martins – Coromandel; 5ª lugar – Wagner Ferrero – Coromandel; 6º lugar – Fausto do Espírito Santo Veloso – Carmo do Paranaíba; 7º lugar – Wagner Ferrero – Coromandel; 8º lugar – Maria Betânia de Almeida – Campos Altos; 9ª lugar – Armando Hirokatu Tomizawa – Carmo do Paranaíba; e 10º lugar – Ronaldo Gonçalves de Brito – Patrocínio.

Segundo o Presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Francisco Sérgio de Assis a noite é a celebração do trabalho. "Esse evento tem um grande objetivo que é homenagear os produtores, que dedicam suas vidas a produzir cafés de alta qualidade. É graças a esse trabalho, bem feito, que hoje somos reconhecidos como a primeira Denominação de Origem para café no Brasil. O II Prêmio Região do Cerrado Mineiro é grande Celebração da Safra em nossa Região", finalizou o presidente.

Foco no mercado interno
Todos os lotes premiados foram comercializados antes mesmo dos compradores conhecerem os finalistas, confiança depositada no trabalho da Federação dos Cafeicultores do Cerrado. O grande foco comercial do Prêmio Região do Cerrado Mineiro é o mercado interno, grande parte dos compradores são nacionais e colocarão ao acesso do brasileiro o que há de melhor da primeira Denominação de Origem para café no Brasil.

“Nosso foco no Mercado Interno está ligado ao nosso objetivo de contribuir para o desenvolvimento do mercado Brasileiro, ampliando a oferta de cafés de altíssima qualidade deixando os mesmos à disposição dos consumidores, além de levar a Origem Cerrado Mineiro até o consumidor final, formando assim percepção junto aos mesmos” – explicou o Superintendente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Juliano Tarabal.

Os compradores são: Academia do Café, Ateliê do Grão, Café 3 Corações, Cafébrás, Café Cajubá, Café do Centro, Café Ísole, Café Nuance, Cerrad Coffee, Daterra, DOP Espresso, Lucca Cafés Especiais, Moka Club, Suplicy Cafés Especiais e William and Sons.

“Essa foi a nossa primeira oportunidade de participar no II Prêmio Região do Cerrado Mineiro e foi incrível. Nunca ouvimos falar de um evento igual a esse, onde toda a cadeia do café especial, principalmente os próprios produtores, se reúnem para celebrar a safra de uma maneira tão gloriosa e valorosa. Esse tipo de evento chama cada vez mais o mercado (da semente à xícara) a valorização do seu produto e vai trazer valor para o futuro de cada um. Alguém vai perguntar, ‘Não seria arriscado comprar café antes de saber a qualidade deles?’. Sim, é muito arriscado, mas isso é o mercado e sabemos bem o que poderia acontecer. Os resultados foram incríveis e devem até melhorar a cada ano em frente. Sabemos que para William & Sons Coffee Co. voltamos para Porto Alegre com muito mais do que os micro lotes premiados dos melhores cafés do Brasil, mas também tivemos o privilégio de conhecer a vida de cada um dos queridos produtores e celebrar juntos o seu sucesso. Sem essas pessoas nem teríamos cafés especiais. Obrigado Região Cerrado Mineiro!” – enalteceu Jonathan Hutchins da William & Sons, comprador de um dos lotes premiados.

O Prêmio Região do Cerrado Mineiro é uma iniciativa da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, com grande apoio do Sebrae. Marden Magalhães, Gerente Regional do Sebrae Triângulo explica a parceria. “Apoiar a realização deste Prêmio é motivo de muito orgulho para todos nós que fazemos parte desta bela trajetória de construção da Região do Cerrado Mineiro, onde os resultados são cada dia mais efetivos e o futuro se mostra promissor, servindo de referência não só para a cafeicultura, mas também para todo o agronegócio brasileiro.” – finalizou Magalhães.

Este ano o II Prêmio Região do Cerrado Mineiro teve como patrocinadores: Syngenta, 3 Corações, Crediminas, Carmomaq e Banco Indusval, a quem a Federação dos Cafeicultores do Cerrado agradece a parceria e por acreditarem em nosso evento.

Fonte: Federação dos Cafeicultores do Cerrado (Sônia Lopes)

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