Produtores do interior de Mato Grosso iniciam a colheita do café

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Produtores do interior de Mato Grosso iniciaram a colheita do café. Os trabalhos nas lavouras de Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá, já apresentam bons rendimentos. O estado deve produzir quase 171 mil sacas nos quase 21 mil hectares de área plantada. No Brasil, essa produção chega a 50 milhões de sacas, de acordo com dados da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) .

De acordo com o técnico da Empaer, Eliel Fereira Porto, o clima influenciou os bons rendimentos. No entanto, avisa que não bastam as condições climáticas favoráveis para a expansão da cultura. “É preciso também investimentos em tecnologia e manejo adequados”.

Na propriedade do agricultor Manuel Reis Ribeiro o cafezal está bem carregado porque as chuvas foram suficientes neste ano. A colheita deve render 60 sacas por hectare, 50% a mais do que no ano passado, que foi de 40 sacas por hectare. Além do bom rendimento, o produtor comemora a redução nos custos. Com a chuva, os gastos com irrigação diminuíram, gerando uma economia de mais de 50%.

Entre os custos elevados destacam-se os insumos agrícolas (inseticidas e adubos) e a mão de obra. Mesmo assim, para dar conta do trabalho, o produtor rural contratou mais funcionários. “Já contratei cinco pessoas mas já penso em dobrar a quantidade de ajudantes”, diz. Ele conta que plantou duas espécies de café: a arábica e a robusta. Segundo ele, a colheita começou nos sete hectares reservados para a cultura. A previsão é que a retirada dos frutos dos 18 mil pés leve, pelo menos, dois meses.

Os bons resultados permitiram investimentos. Ribeiro plantou quatro mil novas mudas para substituir os pés de café arabica que tem cerca de oito anos e já não produzem tão bem. A produção colhida é moída e embalada em uma pequena fábrica na mesma propriedade em que está a lavoura, agregando valor ao produto com ganhos de até 30% a mais.

O produtor José Duarte Ferro também está satisfeito com os resultados. Ele espera colher aproximadamente 100 sacas por hectare. “Eu estou tranquilo porque eu sei que vai dar um dinheiro esse ano. Espero vender a saca por R$ 460 a R$ 500”. Ferro explica que a seca em outras regiões do país beneficiou o preço do grão em Mato Grosso.

Fonte: G1 MT

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