Produtores avaliam custo-benefício antes de fechar negócios na Expocafé

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A Expocafé termina nesta sexta-feira (19) com a expectativa de gerar R$ 200 milhões em negócios. Com opções que variam desde R$ 3 até quase R$ 1 milhão, os produtores têm procurado produtos com bom custo-benefício. Em tempos de crise, pesquisar e avaliar os prós e contras de maquinários e equipamentos agrícolas antes de fechar a compra têm sido comum.

É o caso do produtor Guilherme Borges, que viajou de Lambari (MG) para conhecer as novidades da Expocafé em Três Pontas. De olho em um novo trator para a fazenda, ele pegou todas as informações do produto, mas não fechou negócio na hora. Preferiu esperar para avaliar melhor o investimento.

“Pelo preço, está bem em conta. Está interessante, tem bastante opções de compra, é questão de pesquisa, isso que estamos tentando fazer. Tem que avaliar para fazer uma boa compra. Hoje é necessário esse trabalho de verificação de preços. Hoje o produtor tem que vistar bastante o custo-benefício”, disse o produtor.

Para o vendedor José Ângelo, os clientes levam em conta o custo-benefício, mas também dão prioridade ao atendimento após a compra do produto.

“Hoje são importantes o custo-benefício e o pós-venda. Hoje as empresas que mandam no mercado são as que atendem o cliente depois que ele comprou”, diz Ângelo.

Enquanto visitava a Expocafé, a reportagem do G1 encontrou o produtor Orlando Donizete Ferreira, de Elói Mendes (MG), namorando uma recolhedora de café, avaliada em R$ 750 mil. Pequeno produtor, Ferreira disse que não teria condições de levar o maquinário para casa, mas que estava de olho em opções mais baratas.

“Tem muita coisa boa, mas vim só pra olhar, comprar é um pouco pesado. A gente vai olhando, uma carreta, um lavador, umas coisas mais baratas. Tem que ir de pouquinho, devagarzinho, senão vai pro brejo”, disse o produtor.

Produtor de Elói Mendes “namora” máquinas que chegam a custar R$ 750 mil (Foto: Lucas Soares)

Para facilitar os negócios, as empresas oferecem modalidades para que os produtores possam fechar a compra. É o caso de uma empresa que está vendendo uma máquina colhedeira de café, avaliada em R$ 750 mil.

“Infelizmente passamos por um período ruim e a máquina, por ser nacional, possibilita uma linha de crédito e ele tem também a opção de trocar por café, além de poder fazer o pagamento à vista”, disse o representante Eric Oliveira.

Além dos maquinários, há produtores que também buscam novidades do café. Adilson e Mário Sérgio, que vieram do Paraná para visitar a Expocafé pela 1ª vez, conheceram os cosméticos que são feitos à base do grão e se surpreenderam.

“Não sabia que era possível fazer o cosmético. Sabia que era possível fazer cachaça de café, mas sabonete líquido, não sabia. Vou levar e comprar para levar para eles (família), para comprovar”, disse o agricultor Adilson de Souza.

Produtores do Paraná conhecem cosméticos à base de café e levam para casa (Foto: Lucas Soares)

Fonte: G1 Sul de Minas

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