Produtores apostam na apanha manual nas lavouras de café no Sul de Minas

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Com a chegada da época de colheita de café no Sul de Minas, cresce o número de vagas de emprego para o trabalho nas lavouras. E mesmo o número diminuindo ao longo do tempo por causa da automatização e da mecanização, muito produtores ainda preferem a apanha manual do café.

Em um fazenda de Botelhos, por exemplo, as mãozinhas são utilizadas na maior parte do trabalho, mas em alguns pontos do cafezal é preciso dispensar o equipamento, principalmente devido ao tipo do terreno e do café. Por isso foram contratados 20 apanhadores que vieram do norte de Minas.

Segundo o produtor Mário Ferrari, o cuidado é necessário para garantir a qualidade do café, que na lavoura é especial e será exportado. “A máquina colhe mais, mas desfolha mais também”, diz.

Para o apanhador José Geraldo Barreto Pereira, são 3 meses de trabalho que fazem toda diferença para quem veio de longe. “Aqui se ganha dois salários, acima disso. Bem melhor. Eu ganho na faixa de uns R$ 2 [mil] e pouco, por aí, no mês”.

Produtores apostam na apanha manual nas lavouras de café no Sul de Minas (Foto: Reprodução EPTV)

Só no município, são 9 mil hectares de café plantados. A expectativa é de uma produção de 12.960 toneladas de café. O valor da safra deve passar dos R$ 90 milhões. E o produtor Fernando Paulino é outro dos que fazem questão de manter o trabalho manual na lavoura. “A gente se sente bem, até sabendo que está ajudando eles. Tem uma função social de dar emprego, né?”, afirma.

O lavrador Antônio Gomes da Silva veio do interior do Ceará, onde deixa um pequeno comércio para o irmão cuidar enquanto está no Sul de Minas. Os R$ 12 mil que consegue em seis meses de trabalho nos cafezais são usados pra investimentos quando volta pra casa. “A gente emprega no terreno, emprega no lote para fazer uma casa”, diz.

Em 2017, a região deve colher aproximadamente 13 milhões de sacas de café, o que representa 30% da produção nacional.

Fonte: EPTV Sul de Minas e G1 Sul de Minas

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