Produção peruana deve crescer 10% em 2015

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A produção peruana de café se recuperará em 2015 e vai registrar um crescimento de 10% em relação ao ano passado, estimou o Departamento de Estudos Econômicos do Scotiabank. Esse aumento deve ocorrer após a produção ter queda pelo terceiro ano consecutivo em 2014, para 209 mil toneladas, 18% a menos que em 2013, afetada pela ferrugem amarela e pela falta de   renovação das plantações antigas. "Entre 2013 e 2014, foram renovados 35 mil hectares de café pelas variedades resistentes à ferrugem, de forma que entre 2015 e 2016, haveria uma recuperação na produção", de acordo com o relatório.

O aumento estimado na produção cafeeira compensaria parcialmente uma queda esperada dos preços, em um contexto de excesso de oferta a nível mundial. "As exportações de café subiriam para US$ 640 milhões, aproximadamente, em 2015, 13% menor em relação a 2014." 

No entanto, o relatório afirma que é necessário que nos próximos anos se sigam renovando as plantações de café pelas variedades de maior resistência para reduzir a exposição à ferrugem amarela e aumentar o rendimento dos cafezais.

Segundo informações da Junta Nacional de Café, aproximadamente 65% das plantações de café, uns 260 mil hectares, têm mais de 20 anos de idade, o que os torna susceptíveis à ferrugem amarela e outras doenças. As regiões da selva norte seriam as de maior recuperação em 2015, projeta Scotiabank. De fato, em 2014, a produção do Amazonas aumentou em 4% e a de San Martin caiu somente 2%, depois de ter retraído 30% em 2013. Isso devido ao melhor manejo
integrado de cultivo e às renovações das plantações durante os últimos anos, que vem reduzindo sua exposição às pragas.

"Nas regiões da selva central e no sul também haveria certa recuperação, ainda que em alguns casos, as plantações de café afetadas pela ferrugem tenham sido substituídas por outros tipos de cultivos, limitando a recuperação da produção em curto prazo".

O Scotiabank disse que é provável que em 2016 a produção nacional de café continue se recuperando à medida que continuam se renovando as plantações antigas de cafezais e os rendimentos comecem a aumentar. A reportagem é do site RPP, divulgada pelo CaféPoint.

Fonte: Agência SAFRAS (Cândida Schaedler) via Rede Social do Café

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