Produção maior na Colômbia não deve evitar déficit de arábica

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O aumento da produção de café arábica na Colômbia será insuficiente para compensar as safras menores da variedade em outros países da América Latina, segundo a Associação Nacional de Café da Guatemala (Anacafé).

Entre outubro e junho, as exportações de arábica por países latino-americanos, excluindo-se o Brasil, estão 3% abaixo do volume registrado no mesmo período da temporada anterior, informou a associação. As exportações da Colômbia cresceram 27% no período, mas as da Guatemala recuaram 13%, as de Honduras, 13%, e as de El Salvador, mais de 50%.

Além disso, a forte estiagem nas regiões de cultivo do Brasil no começo do ano deve afetar a produção total do País na próxima temporada, levando a um déficit global de até 10 milhões de sacas, de acordo com a Organização Internacional do Café (OIC). Segundo especialistas, os cortes nas projeções para a safra brasileira são baseados quase inteiramente em uma forte queda na produção de arábica.

"A produção na Colômbia está aumentando, mas não vai chegar a 15 milhões de sacas", disse Mauricio Galindo, diretor de operações da OIC. "Não vai ser possível compensar a perda de safra brasileira."

Com a alta recente dos preços do arábica, o prêmio desta variedade sobre o robusta se ampliou para 100 cents por libra-peso, a maior diferença desde o começo de maio. Em 2011, quando os preços do arábica chegaram ao maior nível em 14 anos, algumas torrefadoras elevaram a proporção de robusta em seus blends. Agora, isso pode voltar a ocorrer.

Para Jack Scoville, vice-presidente da corretora Price Futures Group, os preços do arábica podem chegar a US$ 220 cents/lb ainda neste ano.

Fonte: Dow Jones Newswires via Agência Estado

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