Produção colombiana pressiona preços do café em NY
Os preços futuros do café que até então vinham refletindo a disposição ou não de venda por parte do Brasil, maior produtor mundial, começam a ser influenciados por outros players do mercado. A Colômbia, segundo maior produtor mundial, anunciou uma colheita superior à esperada, de pelo menos 10 milhões de sacas, e a perspectiva de oferta,aliado ao volume recorde previsto para o Brasil, puxou os preços para baixo. O contrato dezembro da commodity recuou 1,80% emNova York, fechando a 158,60 centavos de dólar por libra-peso, menor nível em seis semanas.
A revisão da safra colombiana faz com que investidores passem a considerar perspectiva de maior produção também em outros países da América Latina, disse à Dow Jones Hector Galvan,analistada corretora RJO"Brien. Isso limitaria uma reação expressiva dos preços até o fim do ano.
Na mesma bolsa, o algodão caiu 0,18%, após duas sessões seguidas de forte alta. O mercado da pluma parece ter se acomodado à nova realidade, que inclui ameaças à qualidade das lavouras norte-americana por causa das chuvas. O açúcar recuou 1,59%, com o clima favorável à moagem no País.
Na Bolsa de Chicago, a soja puxou os ganhos dos grãos. A oleaginosa subiu 2,40% como suporte de vendas dos EUA para a China, sugerindo interesse firme pelo produto. O trigo avançou 1,43%. A consultoria Stratégie Grains cortou sua estimativa para a safra 2012/13 do cereal na União Europeia em 700 mil toneladas, para 123 milhões de toneladas. O milho subiu 2,05%.
Fonte: O Estado de S. Paulo