Previsões da Conab para safra de café devem se confirmar em Minas Gerais

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Minas Gerais é referência quando se fala em produção de café. Metade do que se produz no país é proveniente dos cafezais mineiros em três grandes regiões produtoras: Zona da Mata, Cerrado e sul. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra deve ser favorável. O clima, no entanto, é fator determinante para definir a produção. O agrônomo Eduardo Lima resume o atual desenvolvimento do café, às vésperas de ser colhido.

– Este ano, em termos de precipitação, teve algumas anormalidades. Tivemos um fevereiro com 60 milímetros, apenas. Na região, geralmente, em fevereiro chove acima de 200 milímetros, mas nós temos notado que o efeito desse veranico concentrado em fevereiro não vai refletir em uma quebra efetiva da safra que estamos para colher. Acredito que possa, em termos de florada, pensando na safra seguinte, em termos de questão de abortamento. Porém, estamos com expectativa de uma safra boa. Não excepcional. Dentro de nossa programação, das nossas expectativas, em termos de produtividade e quantidade – afirma.

No campo, a volatilidade do mercado nunca esteve tão à prova. Os especialistas apontam que não deve sobrar café no mundo. Somente o Brasil e o Vietnã estão aumentando a produção, enquanto outros países produtores passam por dificuldades. Ao contrário de anos anteriores, quando as previsões provocaram desconfiança em todo setor.

– A produção, eu acredito que a Conab acertou em cheio, de 49 milhões a 52 milhões de sacas na nossa zona de atuação está batendo mais ou menos com a previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso confirma que a Conab, que foi muito contestada nos anos anteriores, está aperfeiçoando seu sistema de previsão. Eu acredito que está dentro, estamos acreditando que vai ser isso mesmo – diz o presidente da Cooxupé, Carlos Alberto Paulino da Costa.

No sul de Minas Gerais, a Conab aponta que a produção deve ficar entre 12 milhões e 13 milhões de sacas. Isso representa 25% da produção nacional. No município de Cabo Verde, em 30% do território tem café. O produtor Guy Carvalho possui 60 hectares em cultivo. Ele deve produzir 2,4 mil sacas e confirma que os produtores estão mesmo investindo para melhorar a produtividade, graças à remuneração da saca favorável para cobrir os custos.

– Nos últimos anos, com a melhora dos preços, nos possibilitou investir melhor em fertilização, em podas e renovação de lavoura. Isso está refletindo nessa safra e deve refletir nas próximas. Podemos adubar dentro daquilo que a gente achava que seria o certo e fazer os tratos no momento adequado também. É uma safra média para boa aqui na minha fazenda – relata.

Fonte: Canal Rural

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