Presidente do CNC alerta para a falta de estoque regulador

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O presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Gilson Ximenes, comemorou hoje a aprovação do Conselho Monetário Nacional (CMN) sobre as mudanças para o crédito rural para o produtor, incluindo o de café, porém alertou que o governo ainda está ignorando a falta de estoques reguladores de café e as consequências sérias que isso poderá trazer para o mercado. “Se tivermos, por exemplo, um acidente climático, como uma chuva de granizo, geada, algo assim, teremos dificuldades imensas em honrar com nossos compromissos futuros, pois o estoque hoje é sério”, argumentou o presidente do CNC.

Gilson Ximenes destacou que uma das mais importantes medidas anunciadas é sobre o preço de referência dado em garantia nos financiamento de aquisição (FAC) e estocagem. Antes, o produtor/cooperativa ou indústria que acessavam essas linhas de crédito deveriam entregar o café em garantia pelo preço mínimo fixado pelo governo, hoje em R$ 261,69 (arábica). A partir de agora, quando o preço de mercado do café superar o valor do mínimo em 30%, o preço de referência para garantia do produto poderá ser até 80% do valor de mercado do grão financiado. “Apesar de o governo não ter mexido no preço mínimo do café, que continua em R$ 261, o produtor pelo menos terá uma garantia de que não sofrerá perdas e isso era mais do que necessário há muito tempo”, disse.

A crítica de Gilson é que tais medidas estão sendo anunciadas tardiamente. “Eu acredito que o governo deveria ter anunciado essas medidas há muito mais tempo. Não pode soltar numa hora dessas. São alavancas a serem colocadas junto ao início da safra, evitando que o produtor jogue café fora, vendendo para saldar as dívidas. Se tivessem feito isso antes, em junho o mercado estaria melhor e não teria caído tanto. Evitaria uma exploração do câmbio e manteria os preços nos patamares mais altos”, encerrou.

Fonte: Coffee Break

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