Presidente do CCCMG fala na Câmara Municipal sobre a importância do Ouro Verde

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O presidente do Centro do Centro do Comércio do Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Archimedes Coli Neto, participou, na noite da segunda-feira, 12, da Tribuna Livre na audiência da Câmara Municipal de Varginha. A convite dos vereadores, Dr. Armando Fortunato Filho (PSB), Reginaldo de Oliveira Tristão (PSC) e Verdi Lúcio Melo (PSDB), o líder cafeeiro fez uma explanação sobre o café, o Ouro Verde que sustenta a economia da cidade, além de apresentar um vídeo institucional.

Ao iniciar sua apresentação, Archimedes falou sobre o Dia Internacional do Café, comemorado na quarta-feira, 14, e o que a cultura representa para o município. “Varginha hoje é uma das mais importantes cidades no Brasil na comercialização do produto. Conhecida internacionalmente pelos maiores e melhores compradores de café de todo o mundo, por aqui passam inúmeras pessoas anualmente, que veem em busca de negócios, informações e visitas à região”, salienta Archimedes.

O presidente do CCCMG ainda salienta que a cidade possui mais de 100 companhias ligadas à comercialização do café. “Dentre as quais, os três maiores grupos de café do mundo, sendo o maior deles NKG (Neumann Kaffee Gruppe), tem sua base de compra e preparo dos cafés nesta cidade”, esclarece.

Archimedes também apresentou números ligados ao agronegócio café. Segundo ele, só em Varginha são negociados mais de 10 milhões de sacas do produto por ano. “Cafés provenientes de toda Minas Gerais e de outros estados, através de mais de 40 escritórios de corretagem, além de cooperativas e produtores”. Também informa que são cafés conduzidos por inúmeras transportadoras instaladas na cidade e que são armazenados e preparados em mais de 25 armazéns gerais, com capacidade de estocagem de 6 milhões de sacas e um giro anual de mais de 25 milhões de sacas, que vão para exportação e mercado interno.

Em sua explanação, Archimedes também citou os diversos segmentos ligados ao café. Falou sobre os armazéns, fábricas, Procafé e o Porto Seco. Enfatizou que a cada ano, mais exportadoras abrem seus escritórios em Varginha e que novas empresas prestam serviços terceirizados, acompanhando as demandas das mesmas. “o que vemos hoje aqui em Varginha na área do café não temos em lugar nenhum do mundo. A capacidade instalada, a comercialização, a industrialização, o transporte, geram milhares de empregos diretos e outros milhares indiretos”, coloca.

Disse que deve-se aproveitar melhor tudo isto que Varginha possui e fazer da cidade, porta voz do maior distribuidor de rendas que conhecemos, que é o produto café. A respeito da comemoração do Dia Internacional do Café, Archimedes disse “que possamos repensar onde queremos chegar, o que devemos abraçar, para que nossa cidade possa usufruir de tudo o que o café proporciona, como as cidades de São Paulo, Londrina e Ribeirão Preto fizeram: foram consideradas `Capital do café’. Colheram riquezas, cresceram e viraram referência em suas épocas”.

O presidente do CCCMG sugeriu aos vereadores a criação de uma nova Secretaria de Café, onde um executivo seria indicado pelo setor e que possa ajudar aos assuntos relacionados ao café, atraindo e criando novas empresas, fazendo o marketing da cidade e criando propostas de apoio e parcerias. “Ainda podemos ter novas empresas e novos investimentos. Recursos existem, e muito. O que falta é funcionar”, finalizou.

Todo o Legislativo comentou a explanação de Archimedes, que foi, por várias vezes, parabenizado pela iniciativa de tornar a cidade de Varginha como a Capital do café. Os vereadores demonstraram grande preocupação com a economia cafeeira no município e se comprometeram a apoiar mais o setor. “Grande parte da arrecadação da economia de Varginha vem do café. Acredito que seja cerca de 40%. A Câmara sempre foi parceira do agronegócio café e fica exposto o nosso reconhecimento da grandeza que este produto tem para a nossa cidade”, disse o presidente da Câmara Municipal, Leonardo Vinhas Ciacci (PP). Já o vereador Verdi Lúcio Melo ressaltou que a reivindicação de Archimedes é justa. “É muito importante a criação de uma secretaria deste setor. Temos que fazer valer o produto mais importante da nossa economia. Que este dia não seja apenas mais um Dia Internacional do Café, mas sim, um dia marcado pelas reivindicações”, ponderou.

Confira abaixo o discurso na íntegra do Presidente do Centro do Centro do
Comércio do Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG), Archimedes Coli Neto:
Boa noite senhoras e senhores.
Caro Presidente da Câmara Municipal de Varginha, Senhor Leonardo Vinhas Ciacci, agradeço o espaço concedido e através do qual cumprimento todos os senhores vereadores.

O motivo de minha vinda até esta casa é para falar um pouquinho do nosso precioso produto: o café.

Sabemos que dia 14 de abril comemora-se o Dia Internacional do Café, e, como Presidente do Centro do Comércio do Estado de Minas Gerais, não poderia deixar de trazer até aos senhores e ao povo de Varginha um breve resumo do que este produto significa para Minas Gerais e principalmente para a cidade de Varginha.

Varginha hoje é uma das mais importantes cidades no Brasil na comercialização do produto. Conhecida internacionalmente pelos maiores e melhores compradores de café de todo mundo, por aqui passam inúmeras pessoas anualmente, que veem em busca de negócios, informações e visitas à região.

Possuímos na cidade de Varginha mais de 100 companhias ligadas à comercialização do café, dentre as quais, três são os maiores grupos de café do mundo, sendo o maior deles NKG (Neumann Kaffee Gruppe), e que tem sua base de compra e preparo dos cafés nesta cidade.

Por aqui são negociadas mais de 10 milhões de sacas por ano. Cafés provenientes de toda Minas Gerais e de outros estados, através de mais de 40 escritórios de corretagem, além de cooperativas e produtores.

Cafés que são levados por inúmeras transportadoras instaladas aqui, e que são armazenados e preparados em mais de 25 armazéns gerais, com capacidade de estocagem de 6 milhões de sacas e um giro anual de mais de 25 milhões de sacas, que vão para exportação e mercado interno.

Temos um armazém da Conab para mais de 500 mil sacas. Temos uma fazenda experimental, onde se desenvolve inúmeros trabalhos na área de melhoria da produção e genética. Temos uma fundação, a Procafé, que vem fazendo um trabalho maravilhoso na área de pesquisa. Temos uma fábrica de café solúvel e indústrias de torrefação. Temos um Porto Seco, por onde escoamos grande parte do café para exportação.

Além do que, recentemente, fui procurado pelo Grupo Vale do Rio doce e Sepetiba, para estudo de reativação da malha ferroviária até o porto do Rio de Janeiro, visando também um terminal para depósito de containeres.

A cada ano são mais exportadoras que aqui abrem seus escritórios, e a cada ano novas empresas que prestam serviços terceirizados também veem acompanhando as demandas das mesmas.

Senhores e senhoras, o que vemos em Varginha hoje na área do café, não temos em lugar nenhum do mundo: a capacidade instalada, a comercialização, a industrialização, o transporte entre outros, que geram milhares de empregos diretos e outros milhares indiretos.

São empresas de segurança, sindicatos de mão de obra, empresas de transporte de pessoal, vigilância, alimentação, manutenção de máquinas e equipamentos. Enfim, não dá para mencionar todos, porque a distribuição de renda e empregos é enorme.

Além de tudo isso, o setor não demite em massa. Ao contrário, dá estabilidade, paga bons salários, cuidam de seus funcionários, não causa problemas sociais e é estável mesmo em anos ruins.

Quero aqui dizer aos senhores e senhoras, agora como cidadão varginhense que sou, que deveríamos aproveitar melhor tudo isto que temos, e fazer da nossa cidade, porta voz do maior distribuídos de renda que conheço, que é o produto café.

Que possamos nesta data repensar onde queremos chegar, o que devemos abraçar, para que nossa cidade possa usufruir de tudo o que o café proporciona, como as cidades de São Paulo, Londrina e Ribeirão Preto fizeram. Foram consideradas “Capital do café”. Colheram riquezas, cresceram, viraram referência em suas épocas.

Digo aos senhores e senhoras, com absoluta convicção: “Onde existe o café, existe trabalho, existe crescimento e existem muitos amigos!”

Sugerimos também a criação de uma nova Secretaria de Café, onde o setor indicará um executivo que possa ajudar nos assuntos relacionados ao tema café, como abertura de novas empresas, marketing, busca de apoio e parcerias. Recursos existem, e muito. O que falta é funcionar.

Archimedes Coli Neto
Presidente do Centro do Centro do Comércio do Café do Estado de Minas Gerais (CCCMG)

Luiz Valeriano
Asscom CCCMG
Tel.: (35) 3214-2122

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