Presidenciáveis tentam fisgar votos entre produtores rurais

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Aécio, Dilma e Campos participaram de sabatina promovida por entidade de produtores rurais

Reunidos na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta em Brasília, Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e a presidente Dilma Rousseff foram poupados de um embate direto. No evento Encontro com os Presidenciáveis, em momentos separados, cada um dos candidatos a presidência falou durante aproximadamente 1 hora sobre temas relacionados ao agronegócio e responderam algumas perguntas.

Enquanto a presidente busca em alguns bons números do setor mostrar o trabalho do atual governo na área, Aécio e Campos se dedicaram a criticar, entre outras questão rurais, o que denominam como nomeações políticas no Ministério da Agricultura e a inatividade em um questão polêmica, de Norte a Sul, as demarcações de terras indígenas.

Abaixo, veja o que cada um dos candidatos falou sobre esses e outros tópicos relacionados as projetos agropecuários para o Brasil.

Condução da política agrícola

Aécio Neves
"O Ministério da Agricultura é subsidiário no Brasil, está ocupado. Criarei um super Ministério da Agricultura. Vou inserir a Pesca novamente na pasta. Terá assento de igualdade com a Fazenda."

Eduardo Campos
"Vou tirá-lo do balcão político e dos partidos e colocá-lo nas mãos de quem está a altura do que precisamos fazer, na mão da competência de quem possa inspirar um dialogo responsável, maduro.

Dilma Rousseff
"Colocamos à disposição do país o maior plano agrícola já elaborado. Retomei o financiamento à pecuária de corte, atendendo uma demanda histórica. Demos um salto em equipamentos e produtos."

Código florestal, demarcação de terras e reforma agrária

Aécio Neves
"O governo não pode continuar omisso como está. A Funai não poderá ser a única e solitária voz nessas decisões. Os Estados e a Embrapa devem ter papel coordenador sobre essa questão"

"Ninguém ficou plenamente satisfeito com ele (o Novo Código Florestal ), o que demonstra que houve ali um equilíbrio."

Dilma Rousseff
"Quero reafirmar meu compromisso de uma segurança jurídica. A questão (da demarcação de terras indígenas) é um dos nosso desafios. Alguns temas institucionais, como meio ambiente e terras indígenas, são cruciais para a estabilidade do país."

Eduardo Campos
"Os dois lados (ambientalistas e agronegócio) estão colocando defeito no projeto de Lei (do Novo Código Florestal) aprovado pelo Congresso Nacional. Vamos buscar a consolidação do cadastro bem feito, que apontem para o objetivo estratégico que todos confessam ter.

Comércio internacional

Aécio neves
"Os acordos comerciais firmados pelo Brasil são fruto de vinculações ideológicas com os países do Mercosul, que impedem o Brasil de fechar parcerias bilaterais com mais países. Neste contexto, o Brasil pode perder mercados para outros países. E vamos declarar guerra ao atual custo Brasil, que abala nossa competitividade (internacional)"

Dilma Rousseff
"Precisamos cada vez mais cooptar e captar novas fronteiras tanto na Ásia quanto no Oriente Médio. É importante vocês saberem que há uma restrição na União Europeia em receber propostas de acordos comerciais, pois esses países atribuem acordos a crises. Apesar disso, estamos prontos para apresentar nossa proposta conjunta com Argentina, Paraguai e Uruguai."

Eduardo Campos
"Não podemos ter uma política externa de partido, mas de Estado. Vamos destravar muito do que frustra hoje a expansão de nossa fronteira comercial. Nos últimos anos, estivemos amarrados aos insucesso do Mercosul e rodadas Doha e avançamos pouco"

Fonte: Zero Hora

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