Preços recuam forte no café e açúcar, com realização de lucros

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Em dia de realização de lucros, esta terça-feira marcou fortes recuos nos preços de várias commodities agrícolas, cujas negociações foram afetadas principalmente pela valorização do dólar. No Brasil o Banco Central promoveu leilão de compra da moeda americana assim que a cotação superou R$ 1,76 (por volta das 14 horas).

Os produtos que registraram maiores perdas foram o café e o açúcar. Em N. York o café com vencimento em setembro perdeu 585 pontos, fechando a libra-peso a 166,65 cents de dólar. Analistas disseram que o mercado estava tecnicamente muito comprado e propenso à correção. Contudo, os estoques mundiais de grão arábica de alta qualidade estão baixos, o que deixa o mercado com um viés altista.

Em Londres o café connilon também registrou forte desvalorização, pressionado por realização de lucros após atingir o maior nível de preço desde outubro de 2008. Os lotes para entrega em setembro fecharam a US$ 1.717 por tonelada, queda de US$ 61 ou 3,43%.

Ainda em Londres, os contratos de açúcar refinado negociados na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) terminaram o dia com forte desvalorização. Os lotes para entrega em outubro recuaram US$ 26,40 ou 4,62% e fecharam cotados a US$ 545,10 por tonelada. De acordo com a trading Sucden, a notícia de que a Índia está fornecendo açúcar para licitação sugere que "eles acreditam que a próxima safra indiana não será muito problemática", o que pesou sobre as cotações.

Já o petróleo registra alta acima de US$ 82 o barril, ignorando os indicadores fracos, divulgados mais cedo, sobre a economia norte-americana. A commodity (matéria-prima) recebe suporte da fraqueza do dólar em relação a outras moedas fortes, como o euro e o iene.

"Há uma relutância neste mercado para responder a qualquer indicador econômico negativo que recebemos nas últimas semanas", disse o analista de energia Peter Beutel, da consultoria Cameron Hanover. "O mercado de petróleo está sendo extraordinariamente resistente. E hoje estamos confirmando que o rompimento dos US$ 80 o barril de ontem foi legítimo."

Às 12h44 (horário de Brasília), o contrato futuro de petróleo com vencimento em setembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), subia 1,32%, para US$ 82,41 o barril. Na plataforma ICE de Londres, o contrato futuro de petróleo com vencimento em setembro tinha alta de 2,21%, a US$ 82,61 o barril.

No mesmo horário, o euro subia para US$ 1,3228, ante a cotação de US$ 1,3172 de ontem, enquanto o dólar caía para 85,83 ienes, de 86,51 ienes. A fraqueza da moeda norte-americana torna commodities como o petróleo – que são denominadas em dólar – mais baratas para investidores que possuem outras divisas.

Fonte: Notícias Agrícolas

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