Preços internacionais do café têm semana negativa
Na Bolsa de Nova York, o vencimento março/20 recuou 600 pontos até ontem, encerrando a sessão a US$ 1,1295 por libra peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento março/20 fechou a US$ 1.314 por tonelada, acumulando queda semanal de US$ 31.
Também pesou negativamente a força do dólar ante o real, que tem o pior desempenho na comparação com a divisa norte-americana em uma cesta de 34 moedas fortes e emergentes. Em 11 sessões deste ano, o dólar subiu em nove. Ontem, o fechamento ficou em R$ 4,1912, o que implicou ganhos de 2,4% na semana.
Entre outras informações, nesta semana a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) projetou a safra 2020 de café do Brasil entre 57,15 milhões e 62,02 milhões de sacas de 60 kg, intervalo que representa altas de 15,9% a 25,8% na comparação com as 49,3 milhões de sacas colhidas em 2019.
No que se refere aos embarques, o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) informou que os brasileiros remeteram 40,6 milhões de sacas ao exterior em 2019, batendo recorde histórico e sugerindo que o país é o responsável por garantir a oferta mundial do produto. No ano passado, o market share do Brasil foi de 31,6%.
Já no cenário internacional, a Federação dos Cafeicultores da Colômbia comunicou que a safra do país somou 14,8 milhões de sacas, crescendo 9% sobre 2018, e as exportações chegaram a 13,7 milhões de sacas, com alta de 7%. Nos Estados Unidos, a Green Coffee Association (GCA) divulgou que os estoques de café verde caíram 89.142 sacas em dezembro, para 6,835 milhões de sacas.
No mercado físico, os preços acompanharam o cenário internacional. Em relação ao robusta, a queda foi menor, já que houve suporte da força do dólar e de maior interesse comprador. Os indicadores calculados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) para as variedades arábica e conilon se situaram em R$ 487,70/saca e R$ 300,80/saca, respectivamente com perdas de 3% e 0,2%.
Fonte: CNC – Assessoria de Comunicação