Preços do café recuam e atuais patamares já não cobrem custo de produção

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Com o início de 2017, o Notícias Agrícolas conversou com o presidente da Cooxupé, Carlos Paulino, para relembrar o status do mercado em 2016 e abordar as tendências para este novo ano, traçando uma perspectiva para os produtores.

Paulino lembra que o último ano, durante boa parte do tempo, foi bom para os produtores de café arábica, com preços elevados e boa produção. Ao final do ano, os preços caíram a níveis mais baixos, mas, em contrapartida, os negócios também pararam.

Presidente da Cooxupé, Carlos PaulinoNa Cooxupé, segundo ele, os produtores aproveitaram os preços altos, de modo com o qual ele pode classificar que 2016 foi um ano bom. A Cooxupé recebeu 6 milhões e 200 mil sacas, das quais 5 milhões e 800 mil sacas foram embarcadas – faltando pouco para atingir a meta de 6 milhões. Desta quantidade, 4 milhões de sacas foram destinadas para a exportação.

O ano foi bom para as vendas internas, que aumentaram devido à quebra do conilon. Os números devem se repetir em 2017, mas a produção deverá ser menor, de acordo com levantamento preliminar, por conta da bianualidade e das questões climáticas, com plantas ainda se recuperando de déficit hídrico.

De acordo com Paulino, a quebra na próxima safra deverá ser de 17%, acima da média da bianualidade. Ele ainda acredita ser cedo fazer uma estimativa para os preços, mas vê os fundamentos como positivos.

Na semana passada, o preço do café arábica chegou a R$460 a saca, sendo que, em outros momentos do ano, já esteve a R$580. Os produtores não vendem e, segundo Paulino, não podem vender, pois ficariam abaixo do custo de produção.

Ele lembra também que o café arábica tem produção suficiente para abastecer o mercado interno. “Basta remunerar o produtor”, destaca. Para o café conilon, ele diz não ter condições de fazer uma avaliação, mas que é preciso considerar a necessidade das indústrias neste caso.

Fonte: Notícias Agrícolas (Por Aleksander Horta e Izadora Pimenta)

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