Preços do café em Nova York têm queda

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A semana passada foi bem negativa no mercado internacional do café, com destaque para uma quinta-feira de fortes perdas para o arábica na Bolsa de Mercadorias de Nova York. Uma série de fatores determinou a movimentação baixista para as cotações nas bolsas, e no Brasil os preços acompanharam essas quedas, com as negociações ficaram travadas em pleno período de começo da colheita da safra nova.

A quinta-feira deu o tom do cenário baixista nas bolsas. O contrato julho do arábica em Nova Yorque fechou no patamar mais baixo desde o fim de janeiro do ano passado. Na bolsa, alguns pontos determinaram o tombo. Indicações de crescimento da oferta global, com destaque para estimativa da Volcafe, fatores técnicos – o mercado não conseguiu superar resistências quando subiu na semana e rompeu suportes na queda – e a alta do dólar contra o real no Brasil estimularam vendas e determinaram as perdas.

De acordo com relatório divulgado por Safras & Mercado, o começo da colheita da safra brasileira é um fator sazonal de pressão, apesar das discussões em torno do efetivo tamanho da produção. O fato é que há uma concentração da oferta chegando ao mercado no maior país produtor e exportador do mundo, e isso por si só já é um aspecto negativo na formação dos preços.

A trading de café suíça Volcafe, uma divisão da ED&F Man, elevou na quinta-feira sua previsão para a produção global de café em 2015/16 para 154,5 milhões de sacas, devido a uma melhoria na previsão para o Brasil e outros produtores. A empresa também elevou sua estimativa de produção global em 2014/15 em 1,6 milhão de sacas, para 143,8 milhões.

No balanço da semana, o contrato julho em Nova Yorque caiu até quinta-feira 7,1%, passando de 138,25 centavos de dólar por libra-peso no dia 15 para 128,45 cents. Em Londres, o café robusta no contrato julho recuou 3,5% no mesmo período comparativo, baixando de US$ 1.744 para US$ 1.682 a tonelada.

Produtores – No Brasil, a semana foi arrastada na comercialização, em que pese a colheita estar começando. Os produtores seguem retraídos, atentos à colheita e às entregas de grãos negociados antecipadamente desta safra. Mas, negócios novos são esporádicos, com os vendedores se afastando do mercado diante do cenário desfavorável das bolsas.

No balanço semanal, a referência do café arábica bebida boa no sul de Minas caiu de R$ 450,00 a saca do dia 15 para R$ 435,00 na quinta-feira passada, baixa de 3,3%. A firmeza do dólar limitou um impacto ainda maior das perdas nas bolsas. A moeda americana no comercial neste período comparativo avançou 1,5%. Já o conilon tipo 7 em Vitória (ES) permaneceu estável na semana, em R$ 285,00 a saca.

Fonte: Diário do Comércio

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