Preços do café devem seguir pressionados pela produção menor

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Após algumas sessões apresentando queda, os preços do café na Bolsa de Nova York voltaram a fechar com valorização. Nesta quinta-feira, o contrato com vencimento em dezembro fechou com alta de 170 pontos, 0,94%, a 181,65 cents por libra-peso.

Durante a manhã de hoje o presidente da Organização Internacional do Café afirmou que o mercado ficará ainda mais apertado no próximo ano. Nestor Osório acredita que a principal preocupação é se a oferta será suficiente para dar conta da demanda. Em 2011, a produção brasileira passará por um ano de safra menor e as projeções apontam para queda entre 15% e 20% na oferta do País. Além disso, as condições adversas de clima estão afetando as plantações no Vietnã.

Dados da Associação Vietnamita de Café e Cacau mostram que a produção de café no país, que começa no mês de outubro, pode ficar abaixo das 18,72 milhões de sacas previstas pela OIC. Embora algumas lavouras de café tenham sido danificadas por fortes chuvas na região, produtores têm utilizado menos fertilizantes por causa dos altos custos envolvidos na aplicação. Ambos os fatores podem reduzir a produtividade da safra em 2010/11. As plantações também estão envelhecendo, sendo que quase 30% dos cafezais no país têm mais de 20 anos de idade.

Para Nestor Osório “o mercado está muito nervoso, com muita movimentação e especulação". A entidade estima produção mundial entre 133 e 135 milhões de sacas de 60 kg de café para 2010/2011. A estimativa para o consumo é de 130 a 132 milhões de sacas. Segundo ele, o consumo também está dinâmico e mesmo a pequena queda registrada durante a crise não foi suficiente para reverter a tendência de alta. Nos últimos dez anos, a demanda por café foi elevada em 25 milhões de sacas. "A demanda continua muito forte. A grande preocupação é saber como manter a oferta de café."

Fonte: Redação Notícias Agrícolas

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