Preços do café brasileiro estão firmes no mercado europeu

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Os diferenciais de preços para os cafés brasileiros foram mais uma vez reforçados no mercado da Europa nesta semana, em parte devido à falta de ofertas de vendas do maior produtor mundial, uma vez que as perspectivas da safra do país ainda não estão claras, disseram comerciantes nesta sexta-feira.

"O tamanho da safra brasileira é uma questão de discordância entre compradores e vendedores", disse um trader. "Há pouco consenso sobre o tamanho da safra brasileira, os produtores não têm pressa para vender e os diferenciais estão firmes porque a origem está segurando a oferta."

Os grãos MTGB do Brasil foram cotados em torno de 12 centavos abaixo do contrato setembro do arábica na ICE de Nova York nesta sexta-feira, contra 14 centavos abaixo na semana anterior e 20 centavos menos duas semanas atrás.

"Eu acho que as torrefadoras e os comerciantes resistiram fortemente aos diferenciais brasileiros mais altos nesta semana", disse outro trader. "Muito difícil a nova safra ter sido ofertada, de qualquer maneira, foram oferecidas apenas cargas antigas."

A colheita de café no Brasil chegou a 63 por cento do total previsto até 26 de julho, um aumento de 55 por cento ante a semana anterior, mas atrás dos 75 por cento verificados na mesma semana no ano passado.

Enquanto isso, vendas pesadas do maior exportador de robusta, o Vietnã, fizeram com que os diferenciais do robusta caíssem acentuadamente.

"Parecia haver um desejo de limpar o estoque apenas três meses antes da nova safra no Vietnã", disse outro comerciante.

"Os vietnamitas vieram subitamente muito ansiosos para vender e os preços despencaram."

"A demanda por robusta na Europa é fraca, com a incertezas sobre a economia global e a crise da zona do euro não incentivando os importadores a comprar uma cobertura extra, mesmo com preços mais baixos."

O Vietnã foi oferecido a 15 dólares acima do contrato de setembro do robusta em Londres na sexta-feira, queda de 40 dólares ante a semana passada e de 50 dólares nas últimas duas semanas.

Em outros arábicas, os diferenciais da Colômbia também caíram, com o Colômbia Excelso com queda de 1 centavo na semana, a 13 centavos sobre contrato de setembro de Nova York.

"Apenas em junho os diferenciais da Colômbia estiveram 20 centavos acima de Nova York", disse um comerciante.

"Há notícias melhores sobre a safra da Colômbia e, após um longo período de problemas de colheita, os negócios com a nova safra começam a ocorrer."

Fonte: Agência Estado

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