Preços do café arábica se mantém nos maiores patamares
Mesmo com a queda na quarta-feira, os preços do café arábica se mantêm nos maiores patamares já registrados no país. A safra terminou, mas quem ainda tem produto guardado está aproveitando o momento.
Na Fazenda Santa Lídia, que fica em Varginha, no sul de Minas Gerais, o produtor João Lincoln colheu este ano cerca de 1,3 mil sacas de café. Ele vendeu cerca de 80%. O restante está armazenado na cooperativa.
O seu João ficou feliz ao ver o preço da saca passar dos R$ 400 está semana. Com o preço em alta, pretende vender o que sobrou. “A alta faz bem pra gente. É o que sustenta nossa atividade. Quem tem algum café, tem de saber aproveitar bem o momento”, orientou.
Na cooperativa de Varginha o estoque está 40% menor comparado com anos anteriores. Esse é o resultado da movimentação intensa do mercado. Os especialistas afirmam que o cenário é favorável para que o mercado permaneça firme. A saca vem superando a marca dos R$ 400. É a maior valorização dos últimos 13 anos.
Segundo o gestor de Departamento de Café, a alta no preço tem várias justificativas. “Os estoques mundiais estão muito baixos e falta café de qualidade no mundo”, explicou Guilherme Resende.
O café que começa a florescer no campo deve ser colhido em maio.
Fonte: Globo Rural Online