Preços altos incentivam vendas futuras de café

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A colheita da última safra de café do produtor João Romão, de Patrocínio, no Cerrado Mineiro, rendeu 1,7 mil sacas. Em outubro, ele vendeu apenas 20% e só agora, com o preço da saca passando de R$ 500, decidiu negociar o restante.

"Essa última parte eu vendi a R$ 520 porque eu achei que é um preço excelente. Há muitos anos que o mercado não atingia um patamar desses. Eu comercializei sem medo de ser feliz", explicou João Romão.

No sitio de 46 hectares de João Romão, o café ocupa uma área de 26 hectares. O lucro que conseguiu ele vai investir em melhorias na propriedade. "De início, uma parte a gente já reserva para fazer a colheita da próxima safra. A outra parte o pensamento é investir na estrutura da propriedade. Cimentar ou asfaltar o terreirão e uma parte montar um secador para poder melhorar a qualidade do nosso produto", justificou.

Na região do Cerrado Mineiro, a colheita do café geralmente começa no fim do mês de maio. Por conta do bom momento do mercado, alguns produtores já venderam parte da produção e receberam antecipado pelo café que só será entregue no fim da colheita, no mês de setembro.

O produtor Eduardo Marra, Patrocínio, já vendeu antecipadamente parte das nove mil sacas que espera colher na próxima safra. É um negócio pouco comum na cafeicultura, mas neste ano ele disse que vale a pena. "Recebe agora em torno de R$ 486 a saca e entrega a mercadoria até a primeira quinzena de outubro. É um ótimo negócio. Nós nunca negociamos nesse preço", comemora.

Segundo a OIC, Organização Internacional do Café, problemas climáticos afetaram as safras de vários países produtores. Outro motivo para a alta são os estoques mundiais de café, que atingiram o nível mais baixo dos últimos 40 anos.

Fonte: Coffee Break

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