Preço do cafezinho está 13% mais caro

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O cafezinho nunca esteve tão caro. Os preços estão batendo recorde para o produtor e também para o consumidor. Cedinho ou depois do almoço, é difícil abrir mão daquela xícara de café. “É direto. Café é gostoso, tem que tomar três, pelo menos, por dia. É bom demais”, comenta o corretor de imóveis Roberto Carlos.

Ruim anda o preço. De janeiro até agora, o café ficou 13% mais caro. “Quem tem o costume de tomar café todo dia pesa no orçamento. Se fizer conta todo dia, acaba pesando”, calcula o lojista Wilson Benzaquen.

Na compra do mês faz diferença também. “Subiu demais da conta”, diz uma mineira. “Assusta muito”, revelou outra senhora. Elaine anota tudo. Por cinco anos, ela pagou praticamente o mesmo valor: R$ 5 pelo pacote de meio quilo. “Agora está R$ 6,98”, diz.

A explicação para o cafezinho mais caro na beira do balcão está lá no campo. É que o mundo está bebendo mais café que produzindo. Só o Brasil, que é líder mundial, tem a mesma safra há praticamente uma década, enquanto o consumo interno cresce 4% ao ano.

Surgiram novos apreciadores de café, seduzidos pelas receitas ousadas de cafeterias chiques. “Café com calda de chocolate, sorvete de creme e chantilly”, aponta a estudante Joverly Jaciara. “Nós temos um número enorme de clientes que não degustavam café antes e que agora são apaixonados”, diz o dono de uma cafeteria.

Desestimulados, os produtores não vinham abastecendo o mercado alegando baixa remuneração, mas nos últimos 12 meses o preço da saca dobrou. “Hoje o preço remunera o produtor, mas existe um passivo muito grande. Não basta um ano de preço bom para resolver. Tudo vai depender da próxima safra, da falta de chuva e o que isso vai representar em termos de produção no ano que vem”, afirma Breno Mesquita, presidente da Comissão de Café da Confederação Nacional da Indústria (CNA).

“Se aumentar, a gente toma menos, passa para um e depois não toma nenhum”, brinca um senhor. 

Fonte: Bom Dia Brasil

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