Preço do café arábica sobe 8,7% em novembro

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Em novembro, os preços do café arábica registraram aumentos expressivos. A média mensal do Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto na capital paulista, foi de R$ 355,51/saca de 60 kg em novembro, aumento de 8,7% em relação à de outubro. Em 9 de novembro, o Indicador fechou a R$ 368,89/saca de 60 kg e atingiu o maior valor nominal de toda a série do Cepea, que começou em 1996. No mercado internacional, o contrato de arábica com vencimento em março na Bolsa de Nova York (ICE Futures) teve média de 207,03 centavos de dólar por libra-peso em novembro, avanço de 8,7% em relação à média de outubro. A média da moeda norte-americana foi de R$ 1,714/US$, aumento de 1,8% em relação à do mês anterior.

Valorização do tipo 6 é bem maior que a do café rio

Os preços do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, estão em altos patamares desde o início da safra 2010/11, em meados de junho. Daquele mês até o final de novembro, as cotações (médias mensais) deste padrão avançaram significativos 16%. Essa alta, inclusive, é bem maior que a obtida por cafés inferiores. O arábica tipo 7, bebida rio, por exemplo, valorizou apenas 8% no mesmo período. Em reais, o atual preço do tipo 6 chega a ser quase 50 reais por saca maior que a média de junho, enquanto que o café rio ganhou apenas 13 reais/sc.

Desde julho, os preços do café tipo 7 (bebida rio) estão nos mesmos patamares – próximo dos R$ 220,00/saca de 60 kg. Segundo colaboradores do Cepea, apesar de o preço pago pelo café rio ser o maior desde setembro de 2008 (preços nominais), a procura por este padrão é pequena, bem menor que a oferta. No Cerrado mineiro, colaboradores do Cepea comentam que, em todas as safras, o volume colhido de café rio é pequeno. Nesta safra, com o clima mais seco durante a colheita, a qualidade do café foi favorecida. Ainda assim, devido ao vento característico desta praça, alguns grãos caíram no chão. Como a irrigação é utilizada na maioria das lavouras, estes cafés acabam tendo sua bebida depreciada pela umidade do solo. Na Mogiana Paulista, o volume de café rio está dentro dos padrões das safras anteriores, sendo pouco significativo no total produzido. Na região de Garça (SP), a situação é semelhante, e agentes acreditam que cerca de 10% do volume colhido seja de café rio. No Sul de Minas Gerais, agentes comentam que, apesar de ter menos café rio nesta safra, o volume ainda pode ser considerado significativo.

Além disso, o volume de cafés finos foi menor, sendo a maioria dos lotes classificados como intermediários. Na Zona da Mata mineira, agentes locais comentam que o volume de café rio foi bastante significativo. A colheita desta região foi adiantada (começou em meados de maio), e isto fez com que, além dos cafés chuvados, houvesse grande volume de grãos verdes nos lotes. Dessa forma, o volume de cafés de alta qualidade nesta região foi bastante limitado. No Noroeste do Paraná, colaboradores informam que há bastante café rio, porém dentro dos padrões normais da região (entre 30 e 40% do volume total). O escoamento desses grãos é lento, com compras, como de costume, apenas por parte de empresas de torrefação.

As informações são da assessoria de imprensa do CEPEA. 

Fonte: Agrolink

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