Preço da saca de café registra queda de 30% em comparação com 2012

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A desvalorização constante do café neste início de ano preocupa os produtores do grão de Minas Gerais. O preço da saca registrou queda de 30% em comparação com o ano passado.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), a estimativa para a safra de 2013 é de 48 milhões de sacas, com 25 milhões colhidas em Minas Gerais.

Só nos cafezais da Zona da Mata devem ser produzidos de sete a oito milhões de sacas. Segundo o agrônomo da Emater, Robério Torres, com mais grãos no mercado a tendência é de que a saca da bebida dura possa cair ainda mais. “Se a colheita, realmente, for recorde, o produtor tem um receio de uma oferta maior possibilitar a queda nos preços”, diz.

O agricultor José Calais Gomes, que cultiva café há quase 40 anos, tem uma área de 13 hectares no distrito de Belisário, em Muriaé. Este ano, a colheita, prevista para começar em junho, deve aumentar em até 30% em comparação com 2012, ano considerado de safra baixa. O café é uma cultura bienal, que rende pouco em um ano e muito no outro.

O produtor tem 19 mil pés de café arábica das variedades catuaí e mundo novo na fazenda. Ele diz que apesar da previsão positiva, ele não está muito animado. “Quando observamos um preço final num produto nosso igual a um café de boa qualidade, que custa em torno de R$ 320, é praticamente o custo de produção. Então, isso tira a gente do mercado. Nós ficamos de mãos atadas e temos que procurar outros caminhos para ajudar a solucionar esse problema”, diz.

Fonte: Globo Rural 

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