População de região em Angola aposta forte na produção de café

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A produção do café, no município de Caluquembe, província da Huíla, está a registar um enorme interesse no seio das famílias. O responsável da secção municipal da Agricultura de Caluquembe, Joaquim Tchiculumula, disse que o relançamento da produção do café no seio familiar também abrange o município de Caconda. Joaquim Tchiculumula disse que o programa está a registar um grande interesse com o envolvimento de mais populares na produção, fruto dos apoios do governo provincial, através da Organização Não-Governamental Mafiku.

Joaquim Tchiculumula afirmou que depois dos resultados positivos em Caluquembe, o programa foi relançado em Caconda, num trabalho considerado importante para a província da Huíla.
Os cafeicultores do município de Caconda efectuaram a plantação no ano passado de 10.935 árvores, com vista à massificação desta cultura. O projecto permitiu inserir 205.418 novos viveiros.

Para o fomento da acção, foram criadas pequenas irrigações com a distribuição de dez motobombas, com mil metros de tubagem, em benefício de 205 camponeses. As motobombas serviram também para os camponeses que produzem hortícolas e cereais diversos no município de Caconda.

Com a produção do café e sua comercialização, muitos camponeses no município de Caluquembe adquiriram vários bens. O exemplo é do cafeicultor Óscar Benjamin, de 78 anos, que adquiriu meios rolantes.Os lucros obtidos na comercialização do café, que o mais velho produz nos três hectares de terra, permitiram comprar também motorizadas e gado bovino.

O cafeicultor disse que o cultivo de café é rentável, apesar de ser necessário um longo período para a colheita. Acrescentou que o “bago vermelho” modificou o seu nível de vida e da sua família. O cafeicultor acrescentou que com os lucros faz o pagamento dos salários dos funcionários sob sua responsabilidade. 

O número de compradores também aumentou. Para fomentar a produção do café e outros produtos do campo, o cafeicultor recebeu do governo provincial da Huíla instrumentos de trabalho. Este apoio do governo, disse o fazendeiro Henrique Hequele, que colheu café nos quatro hectares de terra, na localidade de Caissaca, nos arredores de Sandula, em Caluquembe, motiva o cultivo do café.

Boas colheitas
O fazendeiro disse ao Jornal de Angola que os níveis de colheita em 2011 foram bons, com a utilização de fertilizantes recebidos da direcção provincial da Agricultura, no âmbito do crédito de campanha.

Henrique Hequele afirma ser importante a reparação das vias para facilitar o escoamento dos produtos do campo para a cidade. “Os camponeses estão empenhados na produção do café em diversas localidades do município”, disse. Neste momento é imperioso, salientou, que o governo nos ajude a vender o produto no Lubango e não só.

O agricultor referiu que o governador provincial da Huíla, Isaac dos Anjos, visitou os campos de cultivo do café, no município de Caluquembe, o que considerou de bastante gratificante.

O programa de revitalização da produção do café foi lançado há três anos na província da Huíla. Os níveis de produção são positivos. De início, o programa contemplava apenas 15 famílias. Com o tempo, o número de famílias aumentou, disse o responsável da Agricultura de Caluquembe.

Na produção do café, no município de Caluquembe, 15 famílias produziam em 105 hectares, das 356 áreas consideradas propícias para o cultivo. O número de parcelas aumentou.

As maiores produtoras
As localidades de Calonhoha, Ndondelo, Tchavola, Caissaka e Kuando Jeremias são as áreas em que mais se cultiva café. A plantação do abacaxi é outra acção que, de forma surpreendente, ganha dinâmica em Caluquembe. Joaquim Tchiculumula disse que as autoridades locais também estão a potenciar os produtores do município de Caluquembe na produção do abacaxi.

Os camponeses da região receberam instrumentos de trabalho, fertilizantes e prevêem uma boa colheita em 2012. A produção da soja é outra vertente que está a ser revitalizada a nível de Caluquembe. Na produção deste bem alimentar estão empenhadas famílias das localidades de Cue 1 e 2, Calongoti, Tchitupi, Calupele e Tchavola.

Fonte: Jornal de Angola

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