Pó de café tem alta de 11,72% um mês após geada atingir lavouras no Sul de Minas

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Quase um mês após a grande geada que atingiu o Sul de Minas, os reflexos continuam aparecendo. Agora é no preço do café em pó. Segundo o Departamento de Pesquisa do Grupo Unis, em agosto, o café em pó teve alta de 11,72% em relação a julho em Varginha.

O café foi um dos produtos fortemente afetados pelas geadas, resultando em elevação das cotações e atingindo os preços médios dos seus derivados como o café em pó.

“Esse aumento foi bastante influenciado pelo fato do que o café já vinha com preços bem elevados este ano e agora a safra estava atrasada. Porém, com a chegada da geada, isso acabou atrapalhando ainda mais, houve perdas consideráveis, uma diminuição forte da oferta, que a gente já está notando nos seus derivados”, explicou o economista Pedro Portugal.

Segundo ele, mais aumentos podem chegar já que a safra do ano que vem já pode ter sido prejudicada.

“Mais aumentos podem chegar no seguinte sentido: a safra 2020/2021, que é esta que está sendo colhida agora, teve esse impacto, mas a preocupação maior dos especialistas está relacionada com a questão da safra 2021/2022, então com esse aumento que aconteceu agora e com a provável quebra da safra 2021/2022, os aumentos podem continuar”, disse o economista.

Segundo relatório da Emater-MG, a estimativa é que a geada afetou aproximadamente 156,3 mil hectares de café, o que corresponde a 17,2% da área ocupada com cafeicultura na região abrangida pelo levantamento.

Fonte: EPTV e G1 Sul de Minas