Pharos estima safra brasileira de café 2014 em 48,374 milhões de sacas

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A Pharos Commodities Risk Management divulgou hoje sua segunda estimativa para a safra brasileira de café 2014/15, projetada em 48,374 milhões de sacas, ante a projeção anterior de 54 milhões de sacas.

A consultoria avaliou as condições das lavouras nas regiões produtoras durante dez dias no mês passado. A Pharos constatou um alto nível de esqueletamento nas lavouras de café arábica, em especial no Sul e no Cerrado Mineiro. Essas podas ocorreram em função dos baixos preços praticados entre setembro a novembro do ano passado e do alto índice de produtividade apresentado pelas lavouras.

Também foi verificada a redução nos tratos culturais, na tentativa de os produtores reduzirem os custos de produção em vista da continuidade da tendência baixista dos preços, afirmou a Pharos.

As condições climáticas verificadas recentemente, com a redução das chuvas e as altas temperaturas desde o início do ano até fevereiro, foram as principais responsáveis pela queda da projeção de volume da safra a ser colhida neste ano.

Conforme a consultoria, nas regiões de arábica foi identificada uma grande incidência de grãos chochos (espaços vazios entre a semente e a parede do fruto) e escaldadura (folhas e grãos queimados por conta das temperaturas elevadas), com maior incidência no Sul de Minas.

Também foi notada a incidência de broca, por conta da proibição do uso de um defensivo agrícola e "coração negro" diante da seca e do calor, que pode ocorrer em até 120 dias após a florada, também com grande incidência no Sul de Minas.

Na Zona da Mata, que se encontra no período de ciclo de baixa, a falta de chuvas também comprometeu a já esperada redução na produção, acentuando a expectativa de queda da colheita.

Além da consequente redução do volume a ser colhido, os problemas climáticos registrados até o momento vão impactar o tamanho do grão do ciclo 14/15, com baixa incidência de cafés peneiras 17/18, lembra a Pharos.

Também há expectativa que a colheita seja antecipada em até um mês, em decorrência das condições dos cafezais. Normalmente, a colheita do café arábica começa em maio.

A segunda estimativa da Pharos da safra de café mostrou uma redução de 5% na colheita do grão em São Paulo, ante a projeção anterior. Na mesma comparação, a safra no Sul de Minas foi reduzida em 24%, a da Zona da Mata e norte de Minas, em 23%, e o Cerrado Mineiro em 5%.

Fonte: Valor Econômico

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