Pesquisador comprova eficácia dos marimbondos no controle de pragas em lavouras de café

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Um professor e pesquisador do Instituto Federal do Sul de Minas, Campus Inconfidentes (MG), comprovou que os marimbondos ajudam a controlar o “bicho mineiro”, uma das principais pragas das lavouras de café. Os estudos foram feitos em duas lavouras, uma em Inconfidentes e em Ouro Fino (MG) e divulgado em uma revista científica.

O zoólogo, Marcos Magalhães de Souza, já desconfiava que os marimbondos ajudavam a controlar a infestação da praga nos cafezais e buscou comprovar a teoria. Em Inconfidentes ele estudou uma área com mais mata ao redor do cafezal e em Ouro Fino, uma área com menos mata. A pesquisa foi realizada durante um ano.

“Nós queríamos saber como poderíamos potencializar o uso deste patrimônio biológico em favor da agricultura. Comprovamos a hipótese de que onde o cafezal fosse maior, nós teríamos uma maior biodiversidade de marimbondos, o que seria positivo para o agricultor”, explicou.

O Marcos teve colaboração de outros dois pesquisadores. Eles também concluíram que atitudes simples podem ajudar a evitar outras pragas.

Pesquisa mostrou que marimbondos podem potencializar a produção de café — Foto: Divulgação/IF Sul de Minas – Campus Inconfidentes

“A gente descobriu que coisas simples como ter uma associação de plantações, como bananeira ou ter fragmentos de mata próximos ao café dá suporte às vespas. Assim, elas conseguem atuar na predação e em diversos outros serviços ambientais. Com isso, o produtor pode reduzir no uso de intensivos agrícolas, o que potencializa a produção de café”, contou Lucas rocha Milani, pesquisador.

Além disso eles alertaram sobre a prática de queimar os pontos onde estão os marimbondos. Para eles, é preciso enxergar os insertos como aliados.

“Os produtores têm que pensar que os marimbondos são aliados e a retirada dos insetos vai diminuir a produção de café, porque assim vai aumentar as pragas. O tamanho do fragmento também outro é aliado do produtor e ele não deve retirá-lo. Ou seja, é preciso manter as colônias e os fragmentos preservados”, afirmou Mateus Aparecido Clemente, pesquisador.

Fonte: EPTV e G1 Sul de Minas