OIC: demanda firme e previsão de déficit de 630 mil sacas ajudam a elevar preços

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O aumento da demanda e a previsão de um déficit de 630 mil sacas de 60 kg de café na safra 2019/2020 ajudaram a pressionar os preços da commodity em dezembro, segundo a Organização Internacional do Café (OIC), que tem sede em Londres. De acordo com o relatório mensal da entidade divulgado há pouco, o indicador composto continuou a subir em dezembro, atingindo um pico de 123,69 centavos de dólar por libra-peso no dia 16. A média do preço diário do composto da OIC foi de 117,37 centavos de dólar por libra-peso no mês passado, um aumento de 9,5% em relação a novembro, o que gerou a média mensal mais alta desde outubro de 2017, quando atingiu 120,01 centavos de dólar por libra-peso.

Durante o mês, o nível mais baixo atingido pelo indicador diário composto da OIC foi de 111,80 centavos de dólar por libra-peso, no dia 4. Mesmo assim, o valor é mais alto do que qualquer uma das médias mensais dos últimos 18 meses, conforme comparação feita pela Organização. A entidade destacou também que as exportações do Brasil desaceleraram nos últimos meses em comparação com um ano atrás, enquanto as colheitas de algumas origens com safra de outubro a setembro foram adiadas. “Esse aperto na oferta e a forte demanda ajudaram a pressionar os preços”, constatou a instituição no documento.

A OIC salientou, ainda, que os preços de todos os indicadores de arábica aumentaram em dezembro. Os segmento de Naturais Brasileiros registrou o maior aumento, de 14,9%, para 126,36 centavos de dólar por libra-peso. Outros Suaves registraram elevação 11,4%, para 157,11 centavos de dólar por libra-peso, enquanto os Suaves da Colômbia subiram 10,5%, para 161,5 centavos de dólar por libra-peso. O diferencial entre os suaves colombianos e os outros suaves diminuiu no mês passado, caindo 14,6%, para 4,39 centavos de dólar por libra-peso.

Os preços dos Robustas caíram 0,1% no comparativo mensal, para 73,22 centavos de dólar por libra-peso. De acordo com a Organização, isso se deu, em parte, por causa da antecipação de grandes volumes de Robusta do Vietnã e da Indonésia.

Fonte: Agência Estado (Por Célia Froufe, correspondente) via CNC

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